Quem não crê boa mãe, crê boa madrasta.

Quem não crê boa mãe, crê boa madrasta.
 ... Quem não crê boa mãe, crê boa madrasta.

Adverte que quem recusa confiar numa pessoa próxima e honesta tende a acreditar numa pessoa exterior que aparenta ser convincente — um aviso contra a descrença e a credulidade seletiva.

Versão neutra

Se não acreditas numa mãe honesta, acreditas numa madrasta aparentemente convincente.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que quem rejeita a palavra de alguém de confiança muitas vezes acaba por aceitar o que diz uma pessoa externa que parece mais convincente, alertando para a incoerência entre descrença e credulidade.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer sublinhar a incoerência de alguém que ignora conselhos de fontes sábias ou bem intencionadas e depois é enganado por fontes menos fiáveis; é adequado em conversas informais e críticas construtivas.
  • O provérbio é ofensivo para madrastas?
    É uma fórmula tradicional e simbólica; usa a imagem da 'madrasta' como figura externa e não necessariamente como ofensa directa. No entanto, em contextos sensíveis pode ser interpretado de forma negativa e convém moderar o tom.

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar quem desvaloriza conselhos ou avisos vindos de alguém de confiança e depois aceita informação de fonte menos credível.
  • Tom desconfiado ou moralizador; comum em contextos familiares, comunitários e de aconselhamento.
  • Registo coloquial; pode ser usado de forma jocosa ou censória, dependendo do tom e da situação.
  • Evita‑lo como acusação direta se a relação familiar for sensível; funciona melhor como reflexão geral sobre confiança e receio de mudanças.

Exemplos

  • Quando o filho rejeitou o conselho da mãe sobre a carreira e depois seguiu informações enganadoras de um conhecido, os vizinhos comentaram: 'Quem não crê boa mãe, crê boa madrasta.'
  • Num escritório, quem ignora a experiência de um colega veterano e dá ouvidos a um novo consultor que promete soluções fáceis vive a situação descrita pelo provérbio.

Variações Sinónimos

  • Quem não acredita na mãe, acredita na madrasta.
  • Quem desconfia do que é bom e conhecido, confia no que parece novo e atraente.
  • Desconfia da família, acredita no forasteiro (paráfrase).

Relacionados

  • Não há pior cego do que o que não quer ver (sobre recusa em aceitar a verdade).
  • Nem tudo o que reluz é ouro (sobre ser enganado pelas aparências).
  • Não metas as mãos no fogo por ninguém (cuidado ao confiar).

Contrapontos

  • Nem sempre quem é próximo está isento de erro ou interesse; por vezes uma opinião externa mais imparcial é preferível.
  • A madrasta, aqui figura simbólica, pode ser mais objectiva ou justa do que a mãe; o provérbio simplifica relações complexas.
  • Confiar cegamente numa figura familiar também pode acarretar riscos — a mensagem deve equilibrar‑se entre desconfiança e credulidade.

Equivalentes

  • Espanhol
    Quien no cree a su buena madre, cree a su buena madrastra.
  • Inglês (paráfrase)
    He who won't believe his good mother will believe his good stepmother.
  • Francês (paráfrase)
    Qui ne croit pas sa bonne mère, croit sa bonne belle‑mère.