Quem não é para comer... não é para trabalhar

Quem não é para comer... não é para trabalhar. ... Quem não é para comer... não é para trabalhar.

Se não estás disposto a suportar as exigências ou a beneficiar dos frutos de uma atividade, não deves assumir essa tarefa.

Versão neutra

Se não estás disposto a enfrentar as exigências nem a usufruir dos benefícios, não deverias aceitar o trabalho.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que, se alguém não está disposto a enfrentar as exigências ou a usufruir das vantagens associadas a uma tarefa, não deveria tomar essa tarefa. Usa a imagem de «comer» como sinónimo de beneficiar/recolher fruto.
  • Em que contextos se usa?
    Usa-se em contextos coloquiais para aconselhar sobre responsabilidades ou para criticar quem participa só nas partes fáceis. Aparece em trocas informais, familiares ou laborais.
  • É apropriado usar este provérbio em ambientes profissionais?
    Depende. É coloquial e pode soar insensível; é preferível optar por formulações neutras em reuniões formais ou quando há questões de desigualdade ou necessidade envolvidas.
  • Tem origem conhecida?
    A origem não é claramente documentada; trata-se de um provérbio popular que circula na fala coloquial.

Notas de uso

  • Expressão usada em registo coloquial; recorre a uma imagem informal (comer) para falar de custos, esforço e recompensas.
  • Pode servir tanto para aconselhar alguém a não aceitar uma responsabilidade como para criticar quem participa sem receber ou sem aguentar a pressão.
  • Evitar usar em contextos muito formais ou em que possa parecer insensível para pessoas que trabalham por obrigação económica.

Exemplos

  • O chefe disse-lhe claramente: quem não é para comer... não é para trabalhar — se não quer lidar com os turnos, não se inscreve.
  • Na associação, lembrámo-nos deste provérbio quando alguém quis participar apenas nas partes fáceis: quem não é para comer... não é para trabalhar.

Variações Sinónimos

  • Se não aguentas, não entres na cozinha (paráfrase coloquial)
  • Quem não pode com o bico, não embarca na cantiga
  • Se não usufruís da recompensa, não faças o esforço

Relacionados

  • Quem não arrisca, não petisca (sobre a relação entre esforço e recompensa)
  • Se não aguentas o calor, sai da cozinha (variante inglesa/frase equivalente)
  • Não chorar sobre o leite derramado (sobre assumir consequências)

Contrapontos

  • Nem sempre a relação esforço/benefício é justa: muitos trabalham sem ver recompensas devido a exploração ou estruturas sociais.
  • Há trabalhos que se assumem por necessidade ou dever, mesmo sem benefícios imediatos — o provérbio pode ignorar estas realidades.
  • O provérbio pressupõe escolha e capacidade de recusar responsabilidades; nem sempre essa opção existe para quem depende do rendimento.

Equivalentes

  • inglês
    If you can't stand the heat, get out of the kitchen.
  • francês
    Si tu ne supportes pas la chaleur, sors de la cuisine.
  • alemão
    Wenn du die Hitze nicht aushältst, raus aus der Küche.
  • espanhol
    Si no puedes con el calor, sal de la cocina.

Provérbios