Quem não entrar na água, não se afogará.
Dizer que, ao evitar uma ação ou risco, se evita o dano associado; subentende também que evitar riscos pode impedir ganhos ou aprendizagens.
Versão neutra
Quem não se expõe ao risco não sofrerá as perdas que esse risco pode causar.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer salientar que a inação evita certos riscos imediatos, mas também pode significar perda de oportunidades; adequado em discussões sobre decisões com risco/benefÃcio. - Este provérbio incentiva a imprudência?
Não necessariamente. O provérbio descreve uma consequência da inação. A sua aplicação ética depende do contexto: pode servir tanto para justificar prudência como para criticar medo excessivo. - Como equilibrar este princÃpio com segurança responsável?
Avalie a probabilidade e o impacto dos riscos, procure reduzir riscos através de preparação e mitigação, e decida com base em objetivos e tolerância ao risco, não apenas evitando a água por medo.
Notas de uso
- Usa-se para justificar cautela ou para criticar quem prefere não agir por receio de consequências.
- Aplica-se em decisões pessoais, profissionais ou financeiras em que o risco e a recompensa estão em causa.
- Não é uma recomendação absoluta: depende do contexto, da magnitude do risco e das alternativas disponÃveis.
- Pode ser empregue tanto de forma literal (evitar nadar para não se afogar) como metafórica (evitar iniciar um negócio para não perder dinheiro).
Exemplos
- Ela recusou a proposta de mudar de cidade; dizia que, quem não entrar na água, não se afogará — preferia segurança ao risco de não se adaptar.
- O professor advertiu os alunos: 'se nunca tentarem projetos fora da vossa zona de conforto, nunca aprenderão; é verdade que quem não entrar na água não se afogará, mas também não aprenderá a nadar.'
Variações Sinónimos
- Quem não arrisca não petisca.
- Quem não tenta, não ganha.
- Quem não se mete, não se arrepende.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar (ênfase na precaução).
- Quem tudo quer, tudo perde (aviso contra ambição cega).
- Devagar se vai ao longe (preferência por prudência gradual).
Contrapontos
- Evitar todos os riscos impede o progresso, a aprendizagem e as oportunidades de ganho.
- Alguns riscos são necessários para o crescimento pessoal ou empresarial; a fraca exposição a risco pode levar à estagnação.
- Decisões devem basear-se numa avaliação do risco/benefÃcio, e não apenas na ausência de risco.
Equivalentes
- inglês
Nothing ventured, nothing gained. - francês
Qui ne risque rien n'a rien. - alemão
Wer nicht wagt, der nicht gewinnt. - espanhol
Quien no se arriesga, no pasa la mar. - italiano
Chi non risica, non rosica.