Quem não sabe nada, não tem dúvidas.

Sugere que a falta de conhecimento impede reconhecer problemas ou formular perguntas — quem ignora algo não percebe as incertezas associadas.

Versão neutra

Quem ignora algo não reconhece as dúvidas que ele suscita.

O provérbio elogia a ignorância?
Normalmente não; usa-se para criticar ou sublinhar que a falta de conhecimento pode levar a decisões erradas por ausência de questionamento.
Quando é apropriado usar esta expressão?
Em contextos em que se quer apontar que a confiança aparente resulta de desconhecimento — por exemplo, ao analisar decisões precipitadas ou opiniões sem fundamento.
É correto aplicá-lo a alguém de forma direta?
Evite aplicar diretamente a uma pessoa num contexto sensível; pode ser interpretado como ofensivo. Melhor usar em termos gerais ou analíticos.

Usa-se frequentemente de forma crítica ou irónica para apontar que a ignorância evita questionamentos.
Registo coloquial; pode soar pejorativo se aplicado a uma pessoa em particular.
Aplicável em debates sobre decisão, investigação ou tomada de responsabilidade: a ausência de dúvida pode indicar falta de conhecimento, não superioridade.
Cuidado ao usar em contexto educativo: pode desmotivar em vez de incentivar a aprendizagem se interpretado como desprezo.

Na reunião, o chefe afirmou com segurança uma solução, mas alguns consultores preferiram não falar — quem não sabe nada, não tem dúvidas, e isso pode levar a decisões precipitadas.
Quando se discute política, muitos comentários simples vêm de quem não acompanha os temas; quem não sabe nada, não tem dúvidas — o problema é quando essas opiniões guiam votos.
O jovem empreendedor, sem experiência no setor, mostrou-se demasiado confiante perante riscos técnicos; foi um caso clássico de 'quem não sabe nada, não tem dúvidas'.

A dúvida também pode paralisar a ação: saber demasiado nem sempre facilita decidir.
Algumas pessoas podem duvidar mesmo sem muito conhecimento, por intuição ou cautela.
Haver conhecimento frequentemente gera novas dúvidas e problemas complexos, pelo que a ausência de dúvida não equivale necessariamente a algo positivo.