Quem ouve e cala, lixa quem fala

Quem ouve e cala, lixa quem fala ... Quem ouve e cala, lixa quem fala

Advertência de que o silêncio de quem testemunha ou sabe pode prejudicar a pessoa que falou ou agiu, porque a omissão pode ser interpretada como conivência ou permitir consequências negativas.

Versão neutra

Quem ouve e fica calado prejudica quem falou.

Faqs

  • Quando se deve usar este provérbio?
    Use-o para criticar a passividade perante injustiças, boatos ou más ações quando a intervenção ou denúncia seria apropriada para evitar danos.
  • O provérbio culpa sempre quem fica calado?
    Não necessariamente; é uma advertência geral. Há situações em que calar é prudente ou necessário por razões de segurança, legais ou pessoais.
  • Como aplicar este conselho na prática?
    Avalie riscos e consequências: recolha informação, procure apoio de terceiros ou canais formais (responsáveis, recursos humanos, autoridades) antes de agir ou denunciar.

Notas de uso

  • Usado para censurar a passividade de testemunhas ou cúmplices silenciosos perante injustiças, boatos ou más ações.
  • Aparece em contextos familiares, sociais e profissionais para incentivar intervenção ou denúncia.
  • Serve igualmente como aviso de que ficar calado pode ser interpretado como apoio ou consentimento.

Exemplos

  • No escritório, quando João ouviu a difamação e não disse nada, acabou-se tornando claro que quem ouve e cala lixa quem fala.
  • Ao assistir aos insultos e não intervir, os colegas demonstraram que o silêncio pode proteger o agressor — quem ouve e cala lixa quem fala.

Variações Sinónimos

  • Quem cala consente
  • Quem ouve e cala, consente
  • Quem não fala, dá o seu acordo

Relacionados

  • Quem cala consente
  • Em boca fechada não entra mosca (uso diferente: valoriza o silêncio)
  • Quem semeia ventos, colhe tempestades (sobre consequências)

Contrapontos

  • Calar pode ser uma escolha legítima para proteger alguém ou a si próprio (direito ao silêncio).
  • Em situações perigosas, falar pode agravar riscos; por isso, nem sempre a intervenção imediata é a melhor opção.
  • Existem obrigações legais e éticas distintas: em alguns casos a denúncia é necessária; noutros, o silêncio é prudente.

Equivalentes

  • Latim
    Qui tacet consentire videtur (Quem cala parece consentir).
  • Inglês
    Silence implies consent / He who remains silent consents.
  • Espanhol
    Quien calla otorga.
  • Francês
    Qui ne dit mot consent.