Quem quiser comer comigo, traga em que se assentar.
Só quem contribui ou toma a iniciativa pode esperar beneficiar-se; partilha condicionada à participação ou ao esforço próprio.
Versão neutra
Quem quiser participar deve também trazer o necessário para isso.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, para beneficiar-se de algo partilhado, é justo e muitas vezes necessário que a pessoa também contribua, seja com recursos, esforço ou iniciativa. - É rude usar este provérbio num contexto social?
Depende do tom e da situação. Dito de forma direta pode parecer brusco; em tom de brincadeira ou de aviso prático costuma ser aceite. Evite em contextos de necessidade. - Em que situações é apropriado usar esta expressão?
Ao combinar responsabilidades numa actividade conjunta (festa, trabalho de equipa, partilha de custos) para sublinhar que cada participante deve contribuir. - Tem origem histórica conhecida?
Não há uma fonte específica documentada; trata‑se de um provérbio de uso popular que resume a ideia de reciprocidade presente em muitas culturas.
Notas de uso
- Expressa uma expectativa de reciprocidade: não se dá sem que haja contribuição ou empenho da outra parte.
- Pode ser usada de forma literal (numa refeição partilhada) ou metafórica (projectos, recursos, responsabilidade).
- Tonalidade depende do contexto: pode ser amigável, de aviso ou assertiva — e, em situações sensíveis, soar excludente.
Exemplos
- Na reunião de voluntários disse: "Quem quiser comer comigo, traga em que se assentar" — quer dizer que todos têm de ajudar a organizar a festa.
- Quando combinámos o piquenique, ela acrescentou: "Quem quiser comer comigo, traga em que se assentar", para que cada um trouxesse um item.
Variações Sinónimos
- Quem quiser participar, que traga o que for preciso.
- Não há partilha sem contribuição.
- Quem quer comer, que trabalhe.
Relacionados
- Quem não trabalha, não come.
- Não há almoços grátis.
- Quem não arrisca, não petisca.
Contrapontos
- Em sociedades solidárias, há quem defenda que os recursos essenciais devem ser partilhados sem exigir contrapartidas de quem não tem meios.
- A expressão pode excluir pessoas vulneráveis (crianças, doentes, desempregados); o princípio da solidariedade pode sobrepor-se à reciprocidade rígida.
- Em determinados contextos (família, emergência), esperar contribuição em troca de apoio pode ser considerado insensível.
Equivalentes
- Inglês
If you want to share my meal, bring something to contribute (or: there is no free lunch). - Espanhol
Quien quiera comer, que traiga algo; similar a "El que algo quiere, algo le cuesta." - Francês
Qui veut participer doit apporter sa part (princípio: "Rien n'est gratuit").