Dos 15 aos 20... venha quem vier: provérbio sobre casamento e idade

Dos 15 aos 20, caso com quem o meu pai quiser; dos ... Dos 15 aos 20, caso com quem o meu pai quiser; dos 20 aos 25 é com quem eu quiser; depois dos 25, venha quem vier, não fica sem mulher.

Resume uma ordem social tradicional sobre casamento: na adolescência os pais decidem, na primeira idade adulta o indivíduo decide, e quem casa mais tarde aceita o que houver. Reflete normas patriarcais e a ideia de mercado matrimonial.

Versão neutra

Dos 15 aos 20, os pais decidem muitas vezes sobre o casamento; dos 20 aos 25, a escolha é mais frequentemente da própria pessoa; depois dos 25, quem procura parceiro/a pode aceitar o que houver.

Faqs

  • Este provérbio ainda é válido hoje?
    Na maior parte das sociedades contemporâneas o provérbio já não reflete a norma social; hoje há maior valorização do consentimento e da autonomia individual. Contudo, mantém-se como registo histórico e cultural em algumas comunidades.
  • O provérbio é sexista?
    Sim: assume papéis patriarcais (pais a decidir) e reduz a pessoa a um estatuto marital, além de sugerir que quem casa tarde aceita menos. Deve ser usado com crítica.
  • Como usar este provérbio num contexto moderno?
    Usa-se melhor de forma analítica ou irónica, para discutir pressões sociais sobre o casamento, em vez de o aplicar como norma a seguir.

Notas de uso

  • Uso conservador: descreve práticas históricas de casamentos arranjados e expectativas sociais sobre idade e género.
  • Uso contemporâneo: pode ser citado de forma irónica ou crítica para apontar pressões sociais sobre casar e estereótipos de género.
  • Não deve ser tomado como conselho neutro: transmite visões paternalistas e reduz a pessoa a um estatuto matrimonial.
  • Contextualizar sempre: adequado para discussões sobre história social, normas de género e mudanças culturais.

Exemplos

  • Na reunião de família, o tio contou o provérbio para justificar que antigamente os casamentos eram decididos pelos pais — eu respondi que hoje se valoriza mais o consentimento.
  • Ela usou o provérbio de forma irónica: 'Dos 20 aos 25 casei com quem quis; depois dos 25 fiquei mais exigente, não com 'venha quem vier' — cada um escolhe o que pretende.'
  • Num debate sobre mudanças sociais, o professor citou o provérbio para ilustrar como as expectativas sobre o casamento e a idade mudaram ao longo do tempo.

Variações Sinónimos

  • Dos quinze aos vinte, casa-se como o pai manda; dos vinte aos vinte e cinco, por escolha; depois, aceita-se o que há.
  • Casa-se cedo por obrigação, aos vinte por vontade, e tarde por resignação.

Relacionados

  • Quem casa quer casa (sobre responsabilidades do casamento)
  • Cada coisa a seu tempo (sobre fases da vida)
  • Mais vale tarde do que nunca (sobre decisões tardias, em sentido positivo)

Contrapontos

  • O casamento não deve ser visto como um destino inevitável nem uma medida de valor pessoal.
  • Decisão e consentimento individuais são primordiais; a ideia de 'aceitar quem houver' legitima desigualdades e pressões.
  • As referências etárias são arbitrárias: muitas pessoas escolhem não casar ou casar fora dessas faixas de idade.

Equivalentes

  • Inglês
    From 15 to 20, you marry whom your father chooses; from 20 to 25, you marry whom you choose; after 25, whoever comes along will do.
  • Espanhol
    De los 15 a los 20, casa con quien tu padre quiera; de los 20 a los 25, con quien tú quieras; después de los 25, venga quien venga.
  • Francês
    De 15 à 20 ans, on épouse qui plaît au père; de 20 à 25 ans, on épouse qui l'on veut; après 25 ans, on prend ce qu'on trouve.

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