Quem serve ao comum, serve a nenhum

Quem serve ao comum, serve a nenhum.

Tentar agradar ou servir a todos simultaneamente leva a um resultado inútil ou insatisfatório.

Versão neutra

Quem tenta agradar a todos acaba por não agradar a ninguém.

O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que a tentativa de servir ou agradar a todos, especialmente quando os pedidos são incompatíveis, tende a resultar numa ação ineficaz ou insatisfatória.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando alguém está a tentar conciliar exigências contraditórias e corre o risco de não cumprir nenhuma delas de forma consistente — por exemplo, em decisões de liderança, política ou gestão de projetos.
Este provérbio incentiva a egoísmo ou a falta de serviço público?
Não necessariamente. É sobretudo uma advertência prática sobre a perda de eficácia ao tentar satisfazer tudo; não deve ser usado para justificar negligência de responsabilidades públicas ou exclusão de grupos.
Qual é a origem do provérbio?
Trata‑se de um dito popular de origem desconhecida. Circula na tradição oral lusófona sem autoria documentada.

Usa‑se para advertir contra a tentativa de conciliar expectativas contraditórias.
Comum em contextos de liderança, política, gestão e relações pessoais quando decisões exigem escolhas e prioridades.
Registo: neutro a crítico; pode soar severo se aplicado a quem exige compromisso social ou ético.
Evitar usar para justificar desrespeito por deveres públicos ou por escolhas de inclusão — é mais uma advertência prática do que uma norma moral absoluta.

Na reunião, o diretor quis contentar todas as equipas e o plano ficou indeciso — quem serve ao comum, serve a nenhum.
Se tentares adaptar a obra a cada crítico perderás a coerência do livro; quem serve ao comum, serve a nenhum.
Em política, procurar satisfazer interesses contraditórios pode resultar numa política ineficaz: quem serve ao comum, serve a nenhum.
Ao gerir um projeto, é melhor definir prioridades claras do que tentar responder a todas as solicitações ao mesmo tempo.

Em serviços públicos e em ética cívica, «servir ao comum» é um objetivo legítimo e desejável; o provérbio critica sobretudo a tentativa de satisfazer exigências contraditórias, não o serviço ao bem comum.
Em contextos colaborativos, procurar consensos amplos pode ser necessário e positivo; o provérbio lembra o risco de diluir decisões quando o consenso impede agir.
Usado sem cuidado, pode legitimar descarte de minorias ou recusa de diálogo sob o pretexto de evitar agradar a todos.