Quem faz por comum, não faz por nenhum

Quem faz por comum, não faz por nenhum.

Se algo é feito de forma genérica, negligente ou como responsabilidade difusa, não serve verdadeiramente ninguém.

Versão neutra

Se se faz de forma genérica, não satisfaz ninguém.

Qual é a ideia central deste provérbio?
A ideia central é que um trabalho feito de forma genérica, descuidada ou com responsabilidade difusa tende a não satisfazer ninguém; é um alerta contra a falta de empenho individual ou de cuidado na execução.
Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para criticar resultados pobres decorrentes de trabalho feito 'por rotina', sem atenção a detalhes, ou quando várias pessoas deixam a responsabilidade dispersa, resultando em negligência.
Significa que trabalho colectivo é sempre mau?
Não. O provérbio critica a falta de responsabilidade individual e o trabalho superficial. Trabalho colectivo bem coordenado e com funções claras pode ser eficaz e de qualidade.
Tem uma origem histórica precisa?
Não há registo de autor ou origem historicamente documentada; pertence à sabedoria popular e circula oralmente em variantes.

Usa‑se para criticar trabalhos padronizados, superficiais ou responsabilidade mal definida.
Pode aplicar‑se a serviços, tarefas profissionais, decisões colectivas e atitudes pessoais.
Expressa desconfiança face a soluções feitas 'em série' sem atenção às necessidades concretas.
Não implica necessariamente oposição ao trabalho em equipa; refere‑se sobretudo à falta de empenho ou de responsabilidade individual.

O relatório foi preenchido automaticamente por toda a equipa e acabou por não responder às questões do cliente — quem faz por comum, não faz por nenhum.
Na limpeza da escola, cada turma fez 'um pouco' e nada ficou bem feito; neste caso, quem faz por comum, não faz por nenhum.
Quando os pais transferem toda a educação dos filhos para a escola sem acompanhar, corre o risco de acontecer precisamente o que o provérbio diz: quem faz por comum, não faz por nenhum.
Numa reunião onde cada um assumiu 'uma parte' sem coordenação, o projecto ficou confuso — prova de que quem faz por comum, não faz por nenhum.

Muitas mãos estragam o caldo (quando demasiadas intervenções prejudicam o resultado)
Se é de todos, deixa de ser de ninguém (variação com sentido próximo)

Em processos industrializados ou normalizados, a abordagem comum garante eficiência e qualidade uniforme.
Cooperação bem coordenada e divisão de tarefas claras podem produzir melhores resultados do que esforço individual isolado.

Inglês
If it's everybody's job, it's nobody's job.
Inglês (variante)
Too many cooks spoil the broth.
Espanhol
Si algo es de todos, no es de nadie.
Francês
Si c'est la responsabilité de tous, c'est la responsabilité de personne.