Quem tem culpa no cartório, não pode dormir em paz.

Quem tem responsabilidade por uma falta ou erro sente-se inquieto e não descansa em paz; a consciência perturbada impede o sossego.

Versão neutra

Quem tem culpa não consegue dormir em paz.

O que significa este provérbio?
Significa que quem tem consciência de ter feito algo errado tende a sentir inquietação e a não descansar em paz; expressa a ideia de que a culpa perturba a mente.
Vem do meio jurídico (cartório)?
Não há origem comprovada; a referência a 'cartório' é metafórica, aludindo a registos e responsabilidades. A palavra é mais comum no Brasil, pelo que o provérbio pode ter circulação mais ampla nessa variante.
Posso usar este provérbio numa situação profissional?
Sim, mas com cuidado: é apropriado para comentários informais sobre comportamento ou ética. Evite em contextos formais ou judiciais onde tal afirmação possa ser interpretada como acusatória sem provas.

Registo: idiomático e coloquial; usado em conversas informais e textos de carácter explicativo ou moralizador.
Contexto: aplica-se tanto a situações legais e administrativas como a conflitos pessoais ou profissionais em que haja sensação de culpa.
Variante regional: a palavra «cartório» é mais frequente no Brasil; em Portugal prefere‑se «conservatória» ou formas neutras como «consciência».
Uso cauteloso: não deve ser usado para justificar perseguição ou acusações sem prova — é um provérbio sobre sensação de culpa, não uma evidência jurídica.

Depois de ter desviado fundos da empresa, ele andava nervoso e, como se diz, quem tem culpa no cartório não pode dormir em paz.
Embora ninguém o tenha acusado, a jornalista sentia-se mal por omitir factos — um bom exemplo de que quem tem culpa não descansa.
No debate, a sua resposta evasiva fez que os colegas comentassem: «Quem tem culpa no cartório, não pode dormir em paz», insinuando que ele sabia mais do que dizia.

Sentir insónia ou ansiedade não prova culpa: pessoas inocentes também podem não dormir por stress, traumas ou transtornos de ansiedade.
O provérbio simplifica a relação entre ação e consequência moral; nem sempre há correlação directa entre culpa e descanso.
Em contexto legal, a expressão pode ser injusta — o processo judicial deve basear‑se em provas, não em intuições ou comentários populares.