Quem vendeu Jesus Cristo, foi homem, não foi mulher.
Afirma, de forma generalizadora, que a traição foi cometida por um homem e não por uma mulher; sugere que a deslealdade é mais própria dos homens.
Versão neutra
A traição foi cometida por uma pessoa (no caso bíblico, um homem); a traição não tem género.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Tem origem na referência bíblica a Judas Iscariote, que traiu Jesus; transformou‑se depois em dicção oral popular para apontar a traição, assumindo‑a como acto masculino. - É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Na maior parte dos contextos contemporâneos, não. A expressão contém uma generalização de género e pode ser considerada ofensiva. Convém evitá‑la em ambientes formais e sensíveis. - O provérbio tem um significado literal?
Literalmente alude ao episódio bíblico, mas, como provérbio, funciona como metáfora e generalização social — o que não implica verdade factual sobre todos os homens ou mulheres.
Notas de uso
- Expressão tradicional, mas hoje considerada uma generalização de género e potencialmente ofensiva.
- Usar com cuidado: em contextos formais, académicos ou profissionais deve ser evitada.
- Pode aparecer em conversas informais para transmitir choque ou reprovação, geralmente de tom jocoso ou nostálgico.
- Ao explicar o provérbio, é útil referir a sua origem bíblica (Judas) e o carácter metafórico da afirmação.
Exemplos
- Na reunião da aldeia, um ancião comentou com ar de reproche: «Quem vendeu Jesus Cristo, foi homem, não foi mulher», aludindo à suposta maior propensão masculina para a traição.
- Hoje, ao ouvir esse provérbio, muitos respondem que a frase soa sexista: «Quem vendeu Jesus Cristo, foi homem, não foi mulher» — mas a traição não escolhe género.
Variações Sinónimos
- Quem vendeu Cristo foi homem, não mulher.
- Foi homem que vendeu Jesus, não foi mulher.
- Quem traiu foi homem (referindo‑se a Judas).
Relacionados
- Provérbios sobre traição ou consequências: «Quem semeia ventos, colhe tempestades.»
- Provérbios com referência religiosa/tradicional na explicação de comportamentos sociais.
Contrapontos
- Trata‑se de uma generalização que não se verifica empiricamente: mulheres também podem trair.
- A frase reflete normas e estereótipos de género de épocas anteriores, pelo que não é aceitável usá‑la como explicação factual do comportamento humano.
- Em análise moderna, a traição é vista como um acto individual, condicionado por circunstâncias pessoais, não por género.
Equivalentes
- es
Quien vendió a Jesucristo fue hombre, no mujer. - en
The one who sold Jesus Christ was a man, not a woman.