Quem se mete a Cristo, morre na cruz.
Alerta contra assumir papéis, responsabilidades ou atitudes maiores do que as próprias capacidades, sob risco de sofrer consequências negativas.
Versão neutra
Quem assume um papel ou responsabilidade além das suas capacidades arrisca ser prejudicado pelas consequências.
Faqs
- Este provérbio é ofensivo para religiosos?
Pode ser sensível para algumas pessoas porque usa imagens cristãs (Cristo e a cruz) e a ideia de morte. Usar a expressão com atenção ao público reduz o risco de ofensa. - Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
É apropriado para advertir sobre excesso de ambição, assumir funções sem preparação ou intromissão em assuntos alheios, sobretudo em linguagem informal ou coloquial. - Significa que nunca se deve arriscar?
Não. O provérbio alerta contra a pretensão ou o excesso imprudente; não invalida a necessidade de tomar riscos calculados quando justificados. - Qual é a origem histórica desta expressão?
A expressão tem raízes populares com referência ao imaginário cristão medieval/ibérico, mas não há registo documental preciso que a identifique com autor ou data concreta.
Notas de uso
- Usado de forma figurada para advertir quem se excede nas ambições ou interfere onde não é chamado.
- Contém imagem religiosa (Cristo e a cruz); em contexto moderno pode soar contundente ou ofensivo para alguns ouvintes.
- Frequentemente usado de modo crítico ou moralizador — pode colocar a culpa no indivíduo que arrisca.
- Não deve ser interpretado literalmente; não é uma declaração teológica sobre religião.
Exemplos
- Quando o novo gerente tentou reformar toda a equipa em poucas semanas, ouviu o comentário de um colega: 'Quem se mete a Cristo, morre na cruz' — devia ir com mais cuidado.
- Ela decidiu interferir numa disputa entre vizinhos sem conhecer os factos; afinal aprendeu a lição: quem se mete a Cristo, morre na cruz.
Variações Sinónimos
- Quem se mete onde não é chamado, paga caro.
- Quem se excede, arrisca-se a perder.
- Quem se faz maior do que é, acaba mal.
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Pôr a carroça à frente dos bois.
- Quem muito quer, pouco tem.
Contrapontos
- Tomar iniciativa e assumir riscos pode ser necessário para progredir; o provérbio pode desincentivar a ação legítima.
- Classificar sempre a iniciativa como excesso ignora contextos em que agir é moralmente ou socialmente exigível.
- O risco calculado é diferente do excesso imprudente; o provérbio não distingue nuance entre ambos.
Equivalentes
- inglês
He who pretends to be Christ will die on the cross. (tradução literal; expressão não idiomática em inglês) - espanhol
Quien se hace a Cristo, muere en la cruz. (tradução literal e usada com sentido similar em alguns contextos hispanófonos)