Saber muitas artes é ter pouco dinheiro.

Saber muitas artes é ter pouco dinheiro.
 ... Saber muitas artes é ter pouco dinheiro.

Diz que quem pratica ou conhece muitas ocupações tende a não especializar-se suficientemente e, por isso, ganha menos do que quem se dedica a uma arte ou profissão específica.

Versão neutra

Ter muitos conhecimentos práticos não garante maior rendimento.

Faqs

  • Significa que nunca devo aprender várias coisas?
    Não. O provérbio aconselha foco para fins económicos, mas aprender várias competências é útil. O ideal pode ser uma combinação: especializar-se numa área e complementar com outras aptidões.
  • É um provérbio ainda válido hoje em dia?
    Tem relevância quando o mercado valoriza especialização técnica, mas perde força em contextos onde a polivalência e a capacidade de integrar saberes são valorizadas.
  • É ofensivo chamar isto a alguém?
    Pode ser interpretado como crítica ao percurso profissional de uma pessoa. Use-o com cuidado para não desvalorizar escolhas legítimas ou realidades económicas.
  • Quando é apropriado usá-lo?
    Ao dar conselhos de carreira, numa discussão sobre formação profissional ou ao explicar por que razão a concentração numa área específica pode aumentar rendimentos.

Notas de uso

  • Usado sobretudo em contextos laborais e profissionais para defender a ideia de especialização.
  • Expressa um juízo prático e não uma lei universal; pode soar conservador ou crítico perante a polivalência.
  • Frequentemente usado como conselho a aprendizes ou profissionais a iniciar carreira: escolher um foco pode melhorar rendimentos.
  • Não indica necessariamente inferioridade moral — trata-se sobretudo de uma observação sobre eficiência e mercado.

Exemplos

  • O Henrique sabe carpintaria, canalização e eletricidade, mas nunca se estabeleceu numa área — dizem os clientes que 'saber muitas artes é ter pouco dinheiro'.
  • Na escola profissional alertaram-nos para que nos juntássemos a um ramo específico; a expressão 'saber muitas artes é ter pouco dinheiro' apareceu várias vezes nas discussões sobre carreira.
  • Apesar de ser polivalente, a Maria percebeu que, para subir na área da programação, precisava de se especializar — deixou de lado alguns ofícios porque 'saber muitas artes é ter pouco dinheiro'.

Variações Sinónimos

  • Aprendiz de tudo, mestre de nada.
  • Quem muito abraça, pouco aperta.
  • Quem muito faz, pouco prospera.

Relacionados

  • Aprendiz de tudo, mestre de nada.
  • Quem muito abraça, pouco aperta.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Jack of all trades, master of none (inglês).

Contrapontos

  • Ser polivalente pode ser vantajoso em mercados instáveis: ter várias competências aumenta a adaptabilidade e as fontes de rendimento.
  • Profissionais com competências complementares conseguem criar serviços integrados e podem cobrar mais por pacotes de oferta.
  • A economia moderna valoriza também generalistas que coordenam equipas e gerem projetos multifacetados — especialização nem sempre é superior.
  • Muitas carreiras contemporâneas incentivam o desenvolvimento de um portefólio de competências (T-shaped skills): profundidade numa área e amplitude noutras.

Equivalentes

  • inglês
    Jack of all trades, master of none.
  • espanhol
    Aprendiz de todo, maestro de nada.
  • francês
    Apprenti de tout, maître de rien.
  • português (variante)
    Aprendiz de tudo, mestre de nada.