Sem amor, a ciência é vã.

O conhecimento ou a investigação perdem valor se forem praticados sem consideração humana, empatia ou compromisso ético.

Versão neutra

Sem compaixão, o conhecimento é inútil.

Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta é incerta. A formulação remete para ideias religiosas e humanistas, como 1 Coríntios 13, que valorizam o amor/caridade como condição para o valor moral das acções e do saber.
Como se pode aplicar esta ideia na prática científica?
Incorporando princípios éticos nos projectos (consentimento informado, avaliação de risco, justiça no acesso aos benefícios) e privilegiando fins que protejam a dignidade humana.
Significa isto que a ciência técnica é inútil sem amor?
Não literalmente. O provérbio sublinha que o valor social e moral do conhecimento depende do modo como é usado e dos fins a que serve; a técnica pode ser neutra, mas as suas aplicações não o são.
É um argumento contra progresso científico?
É sobretudo um apelo à responsabilidade: não rejeita o progresso, pede que o progresso seja orientado por princípios humanos e éticos.

Usado para criticar abordagens científicas, tecnológicas ou educativas que ignoram o bem‑estar das pessoas.
Registo: literário, filosófico e moral; funciona bem em debates sobre ética da ciência e responsabilidade profissional.
Não é uma afirmação técnica sobre resultados científicos, antes um princípio normativo sobre fins e valores.
Pode ser invocado em contextos médicos, académicos e tecnológicos para reivindicar prioridade à dignidade humana.

Num laboratório que publica artigos sem considerar os riscos para voluntários, aplica-se: sem amor, a ciência é vã — a ética foi negligenciada.
Um programador que cria um algoritmo para manipular utilizadores demonstra que o saber técnico, sem respeito pelos outros, falha na sua finalidade.
Ensinar apenas factos, sem cuidado pelo desenvolvimento dos alunos, ilustra a ideia de que o conhecimento sem atenção humana é limitado.
Um hospital que trata doenças mas ignora a dignidade do doente pode alcançar curas técnicas e, ainda assim, ser alvo do provérbio.

«A ciência sem consciência não passa de ruína da alma.» (afirmada por autores humanistas)
1 Coríntios 13 (passagens sobre a primazia do amor/charity)
Princípios de ética na pesquisa — primum non nocere (primeiro, não causar dano)

O progresso técnico pode gerar benefícios objetivos (vacinas, infraestruturas) independentemente das intenções individuais.
Haver conhecimento sem amor não torna automaticamente os resultados inúteis; o impacto depende de como são aplicados.
A palavra “amor” é ambígua neste contexto — pode ser substituída por termos como ética, responsabilidade ou compaixão para clarificar o argumento.