Ser mais papista que o Papa

Adotar ou exigir um rigor, zelo ou ortodoxia maiores do que os da própria autoridade responsável, frequentemente de forma pretensiosa ou hipócrita.

Versão neutra

Agir de forma mais rigorosa ou zelosa do que a própria autoridade ou norma exige.

O que significa exatamente este provérbio?
Significa exigir ou praticar um zelo ou rigor maiores do que os que são próprios ou esperados da autoridade responsável, muitas vezes com tom crítico ou hipócrita.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer apontar que alguém está a ser excessivamente rigoroso, moralista ou a impor normas além do razoável; tem uso sobretudo informal e irónico.
O provérbio é ofensivo ou sensível religiosamente?
Normalmente é usado de forma figurada e crítica, mas envolve referência ao Papa e à religião; deve‑se evitar em contextos onde possa ferir sensibilidades religiosas ou parecer desrespeitoso.
Qual é a origem desta expressão?
A origem precisa não é documentada aqui; trata‑se de uma construção metafórica baseada na figura do Papa como autoridade máxima numa Igreja, aplicada para criticar excesso de rigor.

Usa‑se para criticar atitudes de excessivo rigor, moralismo ou exibicionismo de virtude.
Habitualmente tem tom irónico ou pejorativo; indica que alguém ultrapassou o rigor esperado.
Aplica‑se tanto a regras religiosas como a normas civis, profissionais ou sociais.
Evita‑lo em contextos formais quando é necessário justificar uma posição com argumentos factuais.
Pode ser usado para denunciar hipocrisia quando quem critica não cumpre as mesmas exigências.

O chefe multou um colaborador por um atraso de cinco minutos e recusou desculpas; disseram que ele foi mais papista que o Papa.
Não fiques a criticar os outros por pequenas falhas quando tu próprio não as evitas — não faças figura de quem é mais papista que o Papa.
No debate sobre segurança, impor medidas desproporcionadas sem consenso fez com que alguns acusassem o vereador de ser mais papista que o Papa.
Ela exigia regras estritas aos alunos, mesmo quando a escola não as impunha; muitos acharam que era mais papista que o Papa.

Nem todo rigor é negativo: em certas situações a exigência extra pode ser justificada por segurança, ética ou qualidade.
Usar o provérbio para desacreditar preocupações legítimas é uma forma de ad hominem; é preferível discutir argumentos e provas.
O provérbio pode silenciar posições éticas válidas ao rotulá‑las como exagero.