Tanto pode cada um em sua casa, que mesmo depois de morto são precisos quatro homens para o tirarem.
Lembra os limites do poder pessoal e a dependência humana: cada um pode mandar em casa, mas, mesmo na morte, necessita de ajuda de outros.
Versão neutra
Cada um tem poder na sua própria casa; contudo, até depois de morto precisa de quatro homens para o retirarem.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que, apesar de uma pessoa poder ter autoridade em casa, essa autoridade tem limites: na morte e na dependência de outros revela‑se a condição humana. - Quando é apropriado usá‑lo?
Quando se quer relativizar a importância de alguém que se mostra autoritário ou indispensável, ou para lembrar a necessidade de humildade perante a morte e a dependência. - É literal ou metafórico?
É essencialmente metafórico: usa a imagem literal de precisar de quatro homens para retirar um cadáver para ilustrar a ideia de dependência e limites do poder pessoal. - Pode ser ofensivo?
Depende do contexto e do tom. Se dirigido para ridicularizar alguém, pode ferir. Em uso reflexivo ou crítico de carácter geral, é menos susceptível de ofender.
Notas de uso
- Emprega‑se para relativizar a importância de quem se julga indispensável ou excessivamente autoritário.
- Também funciona como aviso de humildade: o alcance do poder pessoal é limitado pela condição humana.
- Pode ser usado com tom humorístico ou crítico, consoante o contexto—por exemplo, para satirizar um patriarca autoritário.
Exemplos
- O chefe lá de casa acha que manda em tudo, mas lembrámos‑lhe o provérbio: mesmo depois de morto são precisos quatro homens para o tirarem.
- Discutia‑se a influência que um político tinha fora do seu círculo familiar; alguém citou: 'Tanto pode cada um em sua casa...' para mostrar que o poder tem limites.
- Quando o avô tentava impor regras absolutos, a neta comentou com ironia que ninguém é indispensável — até depois de morto precisa de outros para o levarem.
Variações Sinónimos
- Cada um manda em sua casa, mas não é senhor da morte.
- Cada um é rei na sua casa, mas até na morte precisa de ajuda.
- Em casa manda cada um, fora dela já não
Relacionados
- Cada um manda em sua casa
- Cada macaco no seu galho (cada qual no seu lugar)
- A morte iguala os homens (variações que destacam a finitude humana)
Contrapontos
- Há situações em que a influência familiar se prolonga depois da morte — por exemplo, quando deixa património, poder institucional ou legado político.
- Em sociedades com forte hierarquia, o poder doméstico pode traduzir‑se em poder público e persistir além da morte (por descendência ou instituições).
- O provérbio pode subestimar o papel das preparações e instruções deixadas por alguém, que permitem continuar a exercer influência após a morte.
Equivalentes
- Inglês
Every man rules in his own house, yet even in death he needs four men to carry him away. - Espanhol
Cada uno manda en su casa, pero aun muerto hacen falta cuatro hombres para sacarlo. - Francês
Chacun commande chez soi, mais même mort il faut quatre hommes pour l'emporter.