Três horas dorme o santo, três e meia… (provérbio)

Três horas dorme o santo, três e meia o que não ... Três horas dorme o santo, três e meia o que não é tanto, quatro o estudante, cinco o extravagante, seis o porco e sete o morto.

Sátira às diferenças de hábitos de sono entre tipos sociais, sugerindo que cada pessoa «merece» ou necessita de uma quantidade distinta de sono.

Versão neutra

Cada pessoa tem hábitos e necessidades de sono diferentes; o provérbio satiriza essas diferenças.

Faqs

  • O provérbio deve ser interpretado literalmente?
    Não. É uma formulação satírica que brinca com estereótipos sobre quem dorme pouco ou muito; não é um guia médico.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em contextos informais para comentar hábitos de sono ou estilos de vida, especialmente com tom humorístico ou crítico. Evitar em situações clínicas ou quando se discute saúde séria do sono.
  • É ofensivo chamar alguém de 'porco' por dormir muito?
    Sim, pode ser pejorativo. O provérbio recorre a rótulos exigentes que hoje são considerados pouco sensíveis; recomenda‑se cautela no uso.

Notas de uso

  • Usa‑se de forma jocosa para comentar hábitos de descanso ou para criticar estilos de vida (p. ex. excessiva preguiça ou excesso de trabalho).
  • Pode servir para provocar reflexão sobre estereótipos: aponta diferenças presumidas entre «santos», «estudantes» e outros, sem validade científica universal.
  • Evitar usar como comentário categórico sobre saúde; as necessidades de sono variam individualmente e por contexto.
  • Em contexto académico ou literário, aparece como exemplo de sabedoria popular e crítica social.

Exemplos

  • Quando discutiam quanto tempo devia dormir antes dos exames, o pai disse, rindo: «Três horas dorme o santo…» para provocar o filho estudante.
  • Numa sessão sobre bem‑estar no trabalho, a formadora citou o provérbio para ilustrar como julgamos o sono alheio sem considerar circunstâncias pessoais.

Variações Sinónimos

  • Cada um dorme o que precisa.
  • Há quem precise de pouco sono e há quem precise de muito.
  • O sono varia conforme a pessoa.

Relacionados

  • Quem cedo madruga, Deus ajuda. (sobre hábitos de trabalho/sono)
  • Não julges o sono alheio. (aforismo crítico)
  • Saber viver é saber descansar. (sabedoria prática)

Contrapontos

  • Estereótipos implícitos: o provérbio associa caráter ou valor moral à duração do sono (p. ex. o santo dorme pouco, o porco muito).
  • Conhecimento científico moderno mostra que a quantidade de sono recomendada varia com a idade, saúde e indivíduo; demasiado pouco ou demasiado sono pode ser prejudicial.
  • Usado literalmente pode levar a avaliações injustas sobre produtividade ou caráter.

Equivalentes

  • English
    Different people need different amounts of sleep (humorous observation rather than a fixed rule).
  • Spanish
    Cada cual duerme lo que le corresponde (variante resumida que transmite ideia semelhante).
  • French
    Chacun a son sommeil; c'est une remarque satirique sur les habitudes de repos.