Sugere que a velhice traz uma regressão de independência e capacidades, fazendo com que o idoso volte a depender de outros como uma criança.
Versão neutra
Na velhice, regressa‑se em parte à condição infantil: aumenta a dependência e a fragilidade.
Faqs
Qual é a origem deste provérbio? Não existe um registo único de origem; a comparação entre velhice e infância é uma ideia antiga e recorrente na sabedoria popular e em literatura, refletindo observações sobre perda de autonomia na velhice.
O provérbio é ofensivo? Pode ser considerado insensível se usado para ridicularizar ou diminuir pessoas idosas. É útil em contextos descritivos ou de alerta para cuidados, mas deve ser usado com respeito.
Quando é apropriado usar este provérbio? Ao discutir necessidade de apoio e cuidados na velhice, ou para ilustrar a ideia de regressão de capacidades. Evitar em situações em que se pretende valorizar a autonomia e a experiência dos idosos.
Há alternativas mais neutras? Sim — expressões como «na velhice aumenta a dependência» ou «a velhice implica maior necessidade de cuidado» transmitem a ideia sem conotação infantilizante.
Notas de uso
Usa‑se para comentar a perda de autonomia física ou mental própria da velhice.
Pode ser empregue de forma descritiva (cuidado, dependência) ou crítica (ridicularização); contexto é importante.
Evitar uso pejorativo ou que desrespeite a dignidade das pessoas idosas; preferir quando o objetivo é chamar à atenção para necessidade de cuidado.
Relaciona‑se à visão do ciclo da vida: infância → idade adulta → velhice.
Exemplos
Ao ver o pai esquecer as coisas e precisar de ajuda para se levantar, Maria suspirou: «Um velho é duas vezes menino» — é preciso ter paciência.
No relatório sobre cuidados continuados escrevem‑se recomendações com base na ideia de que 'um velho é duas vezes menino', ou seja, muitos idosos necessitam de apoio semelhante ao dado a crianças.
Variações Sinónimos
A velhice é uma segunda infância.
Na velhice voltamos a ser crianças.
Velho é duas vezes menino.
Relacionados
A vida é uma roda.
Cada um é senhor do seu nariz até ficar velhote.
Do velho aprende‑se.
Contrapontos
A idade traz experiência e sabedoria; nem todo idoso é infantil.
Tratar um idoso como criança pode ser condescendente e retirar autonomia.
Deve distinguir‑se fragilidade física de capacidade cognitiva e dignidade pessoal.