Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho

Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.
 ... Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.

Alguém que fala em excesso acaba por revelar tanto os seus próprios assuntos como os dos outros; refere-se ao hábito de fofocar ou divulgar segredos alheios.

Versão neutra

Quem vai ao rio conta o seu e o do vizinho.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para advertir ou criticar alguém que fala demais, especialmente quando essa pessoa revela informações pessoais próprias e de terceiros.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Pode ser interpretado como crítica ou acusação; dependerá do contexto e da relação entre as pessoas. Em ambientes formais é preferível optar por linguagem mais directa e menos proverbial.
  • Existe uma forma neutra do provérbio?
    Sim — 'Quem vai ao rio conta o seu e o do vizinho' remove a referência de género mantendo o sentido.

Notas de uso

  • Registo informal; usado sobretudo em conversas familiares ou entre conhecidos.
  • Geralmente empregue com sentido crítico para advertir contra falar demais ou fofocar.
  • Pode implicar censura moral: quem revela informações pode causar danos a si e a terceiros.
  • Ao dirigir-se a alguém, pode soar acusatório; usar com cuidado para não provocar conflito.

Exemplos

  • Cuidado quando fala com a Rita sobre os problemas do trabalho — vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.
  • Não lhe digas nada em confiança; da última vez foi pior: contou tudo. Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.

Variações Sinónimos

  • Vai a mulher ao rio, conta o seu e o do vizinho
  • Vai o rapaz ao rio, conta o seu e o do vizinho
  • Quem conta um conto, acrescenta um ponto (relacionado à alteração/propagação de informação)
  • Fofoca-se por aí (formas dispersas com o mesmo significado)

Relacionados

  • Quem conta um conto, acrescenta um ponto — sobre como a história se altera ao ser recontada
  • Quem muito fala dá bom dia a cavalo — sobre falar demais
  • Falar demais e perder a razão — provérbios e ditos que criticam a fala excessiva

Contrapontos

  • Boca fechada não entra mosca — aconselha a guardar silêncio para evitar problemas
  • Em boca fechada não entra mosca — variação com o mesmo sentido de prudência

Equivalentes

  • inglês
    Don't air your dirty laundry in public. (Não revele assuntos pessoais e alheios em público.)
  • espanhol
    Va la chica al río y cuenta lo suyo y lo del vecino. (Tradução literal usada em algumas variantes hispânicas.)
  • francês
    Elle va à la rivière et raconte la sienne et celle du voisin. (Equivalente literal; sentido de divulgador de segredos.)
  • alemão
    Wer zu viel redet, verrät auch die Geheimnisse anderer. (Equivalente explicativo: quem fala demais também revela segredos alheios.)