Ver e ouvir os maus, é já um começo de maldades
A exposição a pessoas ou mensagens nocivas (ver e ouvir os 'maus') tende a ser o primeiro passo para comportamentos ou ações prejudiciais.
Versão neutra
A exposição a más influências (ver e ouvir comportamentos e ideias prejudiciais) pode ser o início de práticas danosas.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado como advertência preventiva em contextos educativos, familiares ou comunitários para chamar a atenção sobre o efeito das companhias e dos conteúdos consumidos. - O provérbio implica que a pessoa é culpada só por ouvir ou ver más ações?
Não necessariamente; o provérbio alerta para um risco de influência. A responsabilização depende de ações concretas e do contexto, não apenas da exposição. - É um provérbio relevante hoje, com os meios digitais?
Sim. A ideia mantém-se relevante: a repetição de conteúdos tóxicos nas redes sociais ou a associação a grupos radicais pode normalizar comportamentos prejudiciais. - Deve ser usado sem críticas, como argumento único?
Não. Deverá ser usado com cautela e complementado com argumentos sobre educação, prevenção e apoio, evitando estigmatizar ou simplificar causas sociais complexas.
Notas de uso
- Usado como aviso moral ou educacional, sobretudo dirigido a jovens ou a quem toma decisões sobre associações.
- Tem tom preventivo: alerta para a influência do meio social e da linguagem no comportamento.
- Pode surgir em contextos familiares, escolares, religiosos ou comunitários; é frequente em advertências tradicionais.
- Forma e vocabulário têm um registo algo arcaico; em situações formais modernas pode parecer moralista.
Exemplos
- Os pais advertiram o filho: «Cuidado com esse grupo — ver e ouvir os maus é já um começo de maldades», lembrando que as más companhias podem levar a más decisões.
- Numa reunião escolar, a diretora recordou o provérbio para justificar um programa de mediação: a escola quer reduzir a exposição a comportamentos agressivos.
- Num debate sobre redes sociais, alguém citou o provérbio para sublinhar como conteúdos tóxicos e repetidos podem normalizar atitudes prejudiciais.
Variações Sinónimos
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
- Más companhias corrompem bons costumes.
- Quem anda com os cães, fareja.
Relacionados
- Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és
- Má companhia estraga o caráter
- Os maus exemplos espalham-se rápido
Contrapontos
- A exposição a más influências não determina inevitavelmente o comportamento: educação, consciência e apoio social podem prevenir más ações.
- Há situações em que ver ou ouvir algo negativo leva à crítica e rejeição desse comportamento, fortalecendo valores opostos.
- Generalizar que qualquer contacto com pessoas erradas cria maldade pode estigmatizar e impedir processos de reabilitação ou aprendizagem.
Equivalentes
- Inglês
Bad company corrupts good character. - Espanhol
Dime con quién andas y te diré quién eres. - Francês
Dis-moi qui tu fréquentes, je te dirai qui tu es. - Italiano
Dimmi con chi vai e ti dirò chi sei.