Há muito furto e engano à conta do cigano

Há muito furto e engano à conta do cigano. ... Há muito furto e engano à conta do cigano.

Afirmar que há muitos roubos e enganos atribuídos às pessoas ciganas; exprime a ideia de elevada ocorrência de furtos/enganos, mas o faz imputando-os a um grupo étnico.

Versão neutra

Há muito furto e engano por aí.

Faqs

  • Este provérbio é ofensivo?
    Sim. Ao imputar furtos e enganos a 'o cigano' como grupo, reproduz um estereótipo negativo e pode ser considerado discriminatório.
  • Quando pode ser citado com segurança?
    Somente em contextos analíticos, históricos ou académicos onde se explique claramente o seu carácter preconceituoso. Fora desses contextos, prefira versões neutras.
  • Qual é uma alternativa neutra para usar no dia a dia?
    Frases como 'Há muito furto e engano por aí' ou 'Há muitos casos de fraude ultimamente' comunicam a mesma preocupação sem estigmatizar ninguém.

Notas de uso

  • Frase carregada de preconceito: atribui comportamentos criminosos a um grupo étnico inteiro.
  • Desaconselha‑se o uso em contexto público ou formal; pode ser ofensiva e discriminatória.
  • Pode aparecer em citações históricas ou estudos de linguística/antropologia quando se analisa estereótipos — nesse caso deve ser claramente contextualizada e criticada.
  • Para comunicar a ideia geral sobre a existência de furtos/enganos é preferível usar versões neutras que não identifiquem grupos étnicos.

Exemplos

  • Ao ouvir boatos na aldeia, João disse: “Há muito furto e engano à conta do cigano”, numa frase que causou desconforto por generalizar um grupo inteiro.
  • Para transmitir a mesma preocupação sem estigmatizar ninguém, Maria afirmou: “Infelizmente há muito furto e engano por aí, por isso devemos ser cautelosos.”

Variações Sinónimos

  • Há muito furto por aí.
  • Há muito engano por todo o lado.
  • Há ladrões e vigaristas em toda a parte.
  • Há muito dinheiro perdido por causa de fraudes.

Relacionados

  • Nem tudo o que reluz é ouro. (sobre aparências e engano)
  • Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão. (sobre moral ambígua do roubo)
  • Mais vale prevenir que remediar. (sobre cautela para evitar prejuízos)

Contrapontos

  • Atribuir criminalidade a uma etnia inteira é preconceituoso e não corresponde aos factos: crimes são actos de indivíduos, não características de povos.
  • Estereótipos como este alimentam discriminação e exclusão social contra a comunidade cigana (Roma), que já enfrenta marginalização histórica.
  • Comunicar preocupações sobre segurança deve concentrar‑se em comportamentos e contextos concretos, não em rótulos étnicos.
  • Usar versões neutras e factuais evita ofensa e permite abordar o problema sem estigmatizar comunidades inteiras.

Equivalentes

  • inglês
    There is a lot of theft and deceit about.
  • espanhol
    Hay mucho robo y engaño por ahí.