Viver e deixar viver

Viver e deixar viver.

Promove tolerância e não interferência na vida alheia: cada pessoa vive à sua maneira e deve ser deixada em paz, desde que não prejudique terceiros.

Versão neutra

Viver e permitir que os outros vivam

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando queremos indicar tolerância por diferenças pessoais que não causam dano aos outros, ou para evitar conflitos desnecessários em questões de gosto ou estilo de vida.
Significa que nunca devemos agir contra comportamentos errados?
Não. O provérbio refere-se sobretudo à não-interferência em escolhas pessoais inocuas. Comportamentos ilegais, perigosos ou abusivos exigem ação e responsabilização.
Pode ser percebido como indiferença?
Sim, dependendo do tom e do contexto, pode soar a indiferença. Por isso é útil clarificar quando se está a defender tolerância e quando se reconhece a necessidade de limites.

Usa-se para expressar tolerância perante diferenças de estilo de vida, opiniões ou escolhas pessoais.
Não implica indiferença perante prejuízos graves: não justifica comportamentos ilegais, perigosos ou abusivos.
Pode ser usado de forma literal ou irónica, consoante o tom e o contexto.
Em contextos sociais ou profissionais, costuma sugerir estabelecer limites claros entre a vida pessoal e intervenções desnecessárias.

Quando o vizinho decide criar um jardim exótico, prefiro 'viver e deixar viver' e não me queixar de pequenas diferenças estéticas.
Num debate político, 'viver e deixar viver' pode significar aceitar decisões pessoais enquanto se defende o respeito pelos direitos fundamentais.
Se alguém tem hábitos diferentes dos nossos e não prejudica ninguém, é mais pragmático adotar a atitude de viver e deixar viver.

Nem tudo deve ser tolerado: quando há danos, violência ou violação de direitos, a intervenção é necessária.
A atitude pode ser usada para justificar passividade perante injustiças sociais.
Em situações de saúde pública ou segurança, a não-intervenção pode causar prejuízos coletivos.