A adversidade faz homens; a prosperidade, monstros.

Dificuldades e provações fortalecem o carácter; abundância e facilidade podem corromper ou deformar o comportamento.

Versão neutra

As dificuldades tendem a moldar o carácter das pessoas; a prosperidade excessiva pode contribuir para atitudes corruptas ou desumanizantes.

O provérbio significa que a prosperidade é sempre negativa?
Não. O provérbio destaca uma tendência observada: a facilidade pode revelar ou fomentar excessos. Não afirma que a prosperidade seja sempre má, nem que os prósperos se tornem necessariamente corruptos.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Em comentários sobre comportamento humano, liderança, história ou análise social, quando se quer sublinhar como as circunstâncias moldam carácter e decisões. Evite-o em contextos que possam humilhar ou generalizar injustamente indivíduos.
É realmente de Victor Hugo?
Atribui‑se tradicionalmente a Victor Hugo, e existe a versão em francês. Contudo, a citação exacta e a sua fonte primária podem ser objecto de debate entre estudiosos.

Registo: literário ou reflexivo; adequado em análises históricas, sociais ou comentários sobre carácter e liderança.
Intenção: costuma servir como crítica moral ou sociológica, não como descrição absoluta — generaliza uma tendência, não determina destino individual.
Cuidado: usar com prudência para não justificar sofrimento nem estigmatizar pessoas em situação de prosperidade.
Contextos práticos: debates sobre responsabilidade pública, selecção de líderes, cultura corporativa e efeitos da riqueza súbita.

Depois dos anos difíceis em que lutou pela sobrevivência, o comandante ganhou respeito pela sua resiliência — prova de que a adversidade faz homens.
A rápida expansão da fortuna da empresa acabou por criar hábitos autoritários entre os fundadores; alguns comentaram que a prosperidade os tornou 'monstros' nas decisões internas.

A necessidade aguça o engenho.
Não é o ouro que prova o homem, mas o tempo e a adversidade.
Quem nasce para o mundo, tem de o saber sofrer (variação sobre sofrer para aprender).

A prosperidade também permite desenvolvimento, generosidade e inovação — não é inerentemente corruptora.
Muitos indivíduos permanecem íntegros apesar da prosperidade; o carácter não depende só das circunstâncias externas.
Programas sociais e educação podem evitar que a abundância se torne em abuso.