A aranha vive do que tece.
Expressa que cada pessoa vive do fruto do seu trabalho ou das suas próprias capacidades — sustento obtido pelo que se produz ou faz.
Versão neutra
Cada um vive do que produz.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que cada pessoa deve ou costuma obter o seu sustento através do próprio trabalho ou do que produz; é uma metáfora de auto‑suficiência e responsabilidade pessoal. - Qual é a origem do provérbio?
A origem exacta não é conhecida; trata‑se de provérbio popular baseado na observação do comportamento da aranha. Não há registo histórico preciso que atribua autor ou data. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em contextos informais ou discursivos ao falar de trabalho, ofícios e independência económica, mas deve ser usado com cuidado quando se discute pobreza ou injustiça social. - O provérbio tem conotações negativas?
Por si só não é negativo, mas pode ser interpretado como justificativo de desigualdades ou insensibilidade se usado para desvalorizar quem não consegue viver do próprio trabalho.
Notas de uso
- Usa‑se para enfatizar a importância do trabalho ou da produção própria como fonte de sustento.
- Frequentemente aplicado a artesãos, pequenos produtores, freelancers e trabalhadores independentes.
- Tomada literalmente, refere‑se ao comportamento da aranha; metaforicamente, é uma norma de auto‑suficiência.
- Registo popular e proverbial; adequado em conversas informais e em reflexões sobre trabalho e responsabilidade pessoal.
- Não deve ser usado como justificação para indiferença perante desigualdades ou exploração laboral — é uma generalização, não uma regra social absoluta.
Exemplos
- Quando começou a vender as suas peças de cerâmica, disse: «A aranha vive do que tece», para explicar que precisava de ganhar a vida com o seu ofício.
- Numa reunião sobre empreendedorismo social, um dos oradores usou o provérbio para reforçar a ideia de autonomia económica: «A aranha vive do que tece».
- O agricultor respondeu ao pedido de dinheiro: «Não posso emprestar, eu também vivo do que produzo» — a mesma lógica do provérbio, aplicada de forma direta.
Variações Sinónimos
- Cada um vive do seu trabalho.
- Quem trabalha, tem o que comer.
- Quem semeia, colhe.
Relacionados
- Quem não trabalha, não come.
- Deus ajuda quem cedo madruga.
- Não dês o peixe, ensina a pescar.
Contrapontos
- Nem sempre o trabalho garante sustento suficiente: desemprego, baixos salários e exploração podem impedir alguém de viver do que produz.
- Há pessoas que vivem de rendimentos, apoio social ou heranças — o provérbio simplifica realidades económicas complexas.
- A metáfora pode ocultar responsabilidades colectivas e políticas em favor de uma visão exclusivamente individualista.
Equivalentes
- Português (variante literal)
A aranha vive do que tece. - Inglês (tradução literal / equivalente aproximado)
The spider lives by what it weaves. / One must live by one's trade. - Espanhol
La araña vive de lo que teje. - Francês
L'araignée vit de ce qu'elle tisse.