A desesperação faz os homens ousados.

Quando alguém está desesperado tende a tomar decisões arriscadas ou a agir com maior audácia do que em circunstâncias normais.

Versão neutra

O desespero leva as pessoas a agir com maior audácia e a correr mais riscos.

O que significa este provérbio?
Significa que a falta de opções ou a pressão extrema pode levar as pessoas a assumir riscos ou a agir de forma mais audaz do que habitualmente fariam.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer explicar ou comentar comportamentos arriscados motivados por necessidade, crise ou ausência de alternativas, em discurso quotidiano ou analítico.
O provérbio justifica actos perigosos ou imorais?
Não; descreve uma causa possível do comportamento. Serve para interpretar, não para legitimar automaticamente actos eticamente questionáveis.
Tem origem histórica conhecida?
Não há uma origem documentada clara; é uma observação popular sobre a relação entre pressão extrema e disposição para correr riscos.

Usa-se para explicar comportamentos extremos originados por pressão, falta de opções ou necessidade urgente.
Tom neutro ou reflexivo; pode servir tanto para justificar como para advertir contra actos impulsivos.
Emprega-se em contextos pessoais, sociais, militares ou económicos para salientar que a escassez ou o perigo alteram o cálculo do risco.
Não legitima automaticamente actos imorais ou ilegais — antes descreve uma causa possível do comportamento.

Depois de perder o emprego e sem apoio, sentiu que não tinha nada a perder; a desesperação fez‑lhe tomar decisões ousadas que antes nunca consideraria.
Na fase final da campanha, a equipa correu riscos tácticos extremos — a desesperação fez os homens ousados e mudou o rumo do jogo.
Perante a fome e a falta de medicamentos, a comunidade organizou acções directas e arriscadas; a desesperação tornou as pessoas mais ousadas na procura de soluções.
Num contexto empresarial, a empresa tomou uma estratégia agressiva quando as vendas caíram: a desesperação levou a uma tomada de risco pouco habitual.

Quem não arrisca não petisca — enfatiza que sem risco não há ganho.
A necessidade aguça o engenho — sublinha criatividade ou acção forçadas pela necessidade.
Em tempo de guerra, todas as cartas se jogam — indica medidas extremas em circunstâncias extremas.

A ousadia impulsionada pelo desespero pode ser irracional e conduzir a consequências piores.
Nem todas as pessoas agem com audácia sob desespero; algumas retraem‑se ou procuram soluções cautelosas.
Admirar a coragem resultante do desespero pode normalizar comportamentos perigosos ou antiéticos.