A espada vence, e a palavra convence.

A espada vence, e a palavra convence.
 ... A espada vence, e a palavra convence.

Diferencia o efeito imediato e coercivo da força da ação duradoura e persuasiva da palavra: a violência pode impor, a argumentação conquista.

Versão neutra

A força vence; a razão convence.

Faqs

  • O provérbio diz que a espada vence — não isso encoraja a violência?
    Não: a frase reconhece um facto prático — a força impõe resultados imediatos — mas contrapõe-lhe o valor duradouro da palavra, que conquista apoio e legitimação. Não é uma apologia da violência.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa-se para discutir estratégias (política, social, institucional) ao ponderar entre coerção e persuasão, ou para sublinhar que resultados obtidos pela força não substituem consenso e compreensão.
  • Há uma versão mais moderna e neutra deste provérbio?
    Sim. Uma versão neutra e atualizada é: 'A força vence; a razão convence.'

Notas de uso

  • Usa-se para contrastar soluções de força (coerção, violência) e soluções de persuasão (diálogo, razão).
  • Maioritariamente usado em contextos políticos, sociais ou éticos para valorizar a argumentação sobre a imposição.
  • Pode servir tanto como aviso (quando a força é inevitável) como apelo à negociação e ao uso da linguagem para obter apoio.
  • Não pretende glorificar a violência: reconhece que a força pode vencer episódios pontuais, mas só a palavra gera adesão sustentada.

Exemplos

  • Durante a greve, a direção recorreu à força policial para manter as instalações, mas foi o diálogo e os argumentos sindicais que convenceram a opinião pública.
  • Num tribunal, a prova material pode impor uma decisão imediata, porém é a exposição clara dos factos que convence o júri e a sociedade.

Variações Sinónimos

  • A força impõe, a palavra persuade.
  • A espada impõe; a palavra convence.
  • A força vence no imediato, a palavra ganha corações.
  • Quem impõe ganha o momento; quem convence ganha o tempo.

Relacionados

  • A caneta é mais poderosa que a espada.
  • A palavra é a mais forte das armas.
  • Mais vale um bom amigo do que uma espada afiada.

Contrapontos

  • Em situações de conflito armónico imediato (guerra, defesa), a força pode ser necessária para garantir segurança — mas isso não assegura legitimidade a longo prazo.
  • A palavra pode não ser suficiente perante actores que rejeitam o diálogo; então a persuasão tem limites práticos.
  • Há ocasiões em que o recurso à força é ilegal ou imoral; reconhecer que a força 'vence' não justifica o seu uso indiscriminado.

Equivalentes

  • inglês
    The sword wins, the word convinces. / The pen is mightier than the sword.
  • espanhol
    La espada vence, la palabra convence.
  • francês
    L'épée vainc, la parole convainc.