Designa alguém que pretende simultaneamente condições contraditórias ou o melhor de duas situações incompatíveis.
Versão neutra
Querer ter simultaneamente duas coisas que são incompatíveis ou exigir condições contraditórias.
Faqs
Quando se usa este provérbio? Usa-se para criticar ou comentar situações em que alguém pretende simultaneamente coisas incompatíveis ou tem expectativas irrazoáveis.
É ofensivo dizer isto a alguém? Normalmente tem tom crítico ou jocoso; pode ser interpretado como censura. É adequado em conversas informais, mas deve evitar‑se em contextos muito formais ou sensíveis.
O provérbio aplica‑se só a decisões pessoais? Não — aplica‑se a escolhas pessoais, estratégias empresariais, pedidos políticos ou qualquer contexto em que se exijam condições contraditórias.
Notas de uso
Tom crítico ou jocoso para apontar expectativas irreais ou desejos contraditórios.
Usa-se em contextos familiares, sociais ou profissionais; é expressão de sabedoria popular, geralmente informal.
Não é um insulto directo, mas pode ser percebido como censura a comportamentos indecisos ou oportunistas.
Baseia-se numa imagem agrícola: uma figueira precisa de sol, mas também de água nas raízes — aqui representa pedir duas coisas que não se conciliam.
Exemplos
O João quer trabalhar menos horas e, ao mesmo tempo, aumentar o ordenado — a figueira quer pé na água e cabeça ao sol.
Não podes exigir liberdade total e, ao mesmo tempo, responsabilizar os outros por tudo; isto é querer a figueira com pé na água e cabeça ao sol.
Variações Sinónimos
Não se pode ter o bolo e comê-lo.
Querer estar com Deus e com o Diabo.
Querer o melhor dos dois mundos.
Relacionados
Quem tudo quer, tudo perde.
Não se pode ter tudo.
Contrapontos
Em alguns casos, planeamento, compromisso ou inovação permitem aproximar-se de soluções que conciliem interesses aparentemente opostos.
Nem sempre um pedido contraditório é irrealista: avaliar restrições e prioridades pode transformar o impossível em possível mediante sacrifícios.