A gente preta não se faz casa vermelha.

A gente preta não se faz casa vermelha.
 ... A gente preta não se faz casa vermelha.

Afirma que pessoas de meios modestos ou de determinada posição social não costumam ostentar casas vistosas; sugere que não vale a pena fingir riqueza.

Versão neutra

Pessoas humildes não costumam ostentar casas vistosas; não vale a pena aparentar mais riqueza do que se tem.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Expressa a ideia de que quem tem poucos meios ou baixa posição social não costuma ostentar riqueza material — aqui simbolizada por 'casa vermelha'.
  • É aceitável usar este provérbio hoje em dia?
    Não é recomendável. A expressão inclui linguagem racializada e pode ser ofensiva. Prefira versões neutras que transmitam a ideia de prudência ou moderação sem referir raça ou grupo social.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    Não há origem documentada clara na literatura; trata‑se de um saber popular transmitido oralmente em comunidades lusófonas. A referência à cor e ao grupo social sugere contexto histórico de desigualdade.

Notas de uso

  • Uso tradicionalmente oral, mais frequente entre gerações mais velhas e em contextos rurais ou comunitários.
  • A expressão contém linguagem racializada («gente preta») e reproduz estereótipos sociais; hoje é considerada ofensiva por muitos.
  • Serve como comentário sobre prudência financeira, discrição social ou limitação de meios, mas também pode funcionar como forma de exclusão social.
  • Evitar o uso literal em contextos públicos; preferir versões neutras que exprimam a ideia de moderação sem referenciação racial.

Exemplos

  • Quando o sobrinho quis pintar a fachada de cor berrante, a avó comentou com um provérbio: «Pessoas humildes não costumam ostentar casas vistosas» para dissuadi-lo de gastar.
  • Num debate sobre obras na aldeia, um residente usou a forma tradicional: «A gente preta não se faz casa vermelha», e logo lhe explicaram que a expressão é antiga e hoje considerada inadequada.

Variações Sinónimos

  • Pessoas humildes não fazem casas vistosas.
  • Quem tem pouco não anda em ostentação.
  • Não se faz luxo com pouca renda.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde (sobre moderação e consequências de ambição excessiva).
  • Não se gasta o que não se tem (aconselhamento à prudência financeira).
  • Melhor pouco e certo do que muito e incerto (valorização da moderação).

Contrapontos

  • A formulação original usa terminologia racializada e pode reforçar preconceitos; hoje convém criticar esse conteúdo e evitar a expressão.
  • A ideia de que certos grupos não podem aspirar a melhoramentos é uma forma de limitar mobilidade social; o provérbio pode ser usado para justificar exclusão.
  • É preferível discutir circunstâncias económicas concretas em vez de recorrer a generalizações sobre grupos sociais.

Equivalentes

  • English
    People with little means don't put on grand displays; (approx.) 'Poor people don't build flashy houses' — conveys similar idea.
  • Español
    La gente humilde no suele ostentar casas llamativas; (aprox.) 'La gente pobre no hace casas rojas'.
  • Français
    Les personnes modestes ne font pas de maisons voyantes; (approx.) 'On ne fait pas une maison rouge quand on est pauvre'.