A geração de uma coisa é corrupção de outra.

O surgimento ou criação de algo implica a transformação, degradação ou perda de outra coisa — uma relação de troca ou conversão entre estados.

Versão neutra

O surgimento de algo corresponde à transformação ou perda de outra coisa.

O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa que criar ou fazer surgir algo frequentemente implica transformar, danificar ou eliminar algo já existente; convida a avaliar custos e consequências.
É sempre verdade que a geração exige corrupção?
Não necessariamente; depende do contexto. Em alguns casos a inovação é cumulativa e não destrutiva, enquanto em outros impõe custos claros a elementos prévios.
Como posso usar este provérbio hoje?
Use‑o para alertar para efeitos colaterais de mudanças (políticas, tecnológicas, ambientais) e para justificar análises de impacto antes de agir.

Usado para enfatizar que processos de mudança envolvem custos ou perdas além de ganhos.
Aplica-se tanto a fenómenos naturais (ex.: ciclos ecológicos) como a processos sociais e económicos (ex.: inovação que substitui empregos).
Não é sempre literal: pode referir transformação (mudança de estado) mais do que destruição absoluta.
Serve como aviso prático para considerar impactos colaterais quando se promove uma nova política, tecnologia ou projecto.

A construção da barragem trouxe electricidade, mas a geração de energia implicou a corrupção do habitat dos peixes e o deslocamento de comunidades ribeirinhas.
No mercado tecnológico, a chegada de novas aplicações costuma criar utilidade para os utilizadores, ao mesmo tempo que corrompe modelos de negócio antigos e elimina empregos tradicionais.
Quando aceitámos o projecto no trabalho, ganhou-se eficiência, mas a sua implementação significou a corrupção de rotinas antigas e a perda de autonomia para alguns colegas.

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma (princípio da conservação em sentido amplo)
Não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe (sobre mudança e ciclo)
Uma coisa substitui outra

Nem toda inovação exige destruição irreversível; muitas vezes a mudança é cumulativa e pode preservar o anterior.
A ideia pressupõe uma relação zero‑soma; em certos contextos existem ganhos líquidos que compensam as perdas.
A transformação pode ser positiva se os custos forem geridos e compensados.