A homem pobre ninguém acometa.

Observação popular de que quem é pobre costuma não ser alvo de agressões ou ataques porque não há vantagem material em o prejudicar.

Versão neutra

Ninguém ataca quem não tem nada a ganhar.

Qual é a ideia central deste provérbio?
Que a motivação para atacar ou prejudicar alguém costuma estar ligada ao ganho material; quem não tem bens atrai menos cobiça e, por isso, tende a permanecer desinteressante para agressores motivados por lucro.
Este provérbio justifica a desigualdade ou a passividade perante a pobreza?
Não. É uma observação descritiva de comportamento social, não uma norma que justifique ou deva legitimar desigualdades. Deve ser interpretado criticamente no contexto das causas e consequências da pobreza.
Posso usar este provérbio numa conversa moderna?
Sim, mas com cuidado: funciona quando se quer apontar motivações práticas por trás de atos (por exemplo, crime ou desinteresse institucional). Evite usá‑lo de forma a minimizar a situação de pessoas vulneráveis.
Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada precisa. Trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente que reflete observações sociais antigas sobre interesse material e comportamento humano.

Expressa uma percepção social sobre risco e interesse material: atacar alguém só vale a pena quando há ganho.
Pode ser usado de forma literal (física) ou figurada (jurídica, social, política).
É um provérbio de observação e não uma norma moral; não justifica desigualdades nem violência.
Em contextos contemporâneos, deve ser usado com cuidado para não naturalizar a desproteção dos pobres.

Quando analisaram o furto, concluiram que não tinham roubado a casa dele porque a homem pobre ninguém acomete — não havia nada de valor a levar.
Diziam, com amargura, que as autoridades raramente se interessavam pelo caso: a homem pobre ninguém acomete, e a sua queixa ficou sem resposta.

A pobreza não protege: pobres podem ser explorados ou vitimizados precisamente por serem frágeis.
Existem situações em que os pobres são alvos preferenciais (exploração laboral, discriminação).
Não é regra universal — o provérbio simplifica realidades complexas.

inglês
No one attacks a poor man / There's no point in robbing someone who has nothing.
espanhol
A nadie se le ataca cuando no hay nada que ganar.
francês
On n'attaque pas un pauvre homme; il n'y a rien à gagner.