A homem pobre, pano fino, cântaro de cobre.
Aponta a contradição entre aparência cuidada e falta de bens essenciais — valorizar a imagem apesar da pobreza.
Versão neutra
Ao homem pobre: roupa fina e cântaro de cobre.
Faqs
- Qual o sentido geral deste provérbio?
Significa que alguém pode preocupar-se com a aparência exterior (roupa, imagem) enquanto carece de bens essenciais ou de qualidade no quotidiano. - É ofensivo usar este provérbio sobre alguém?
Pode ser percetido como crítico ou censurador. Usá‑lo diretamente sobre uma pessoa pode resultar em ofensa; é mais apropriado em observações gerais ou analíticas. - É um provérbio antigo ou ainda em uso?
Trata‑se de uma expressão tradicional; a forma 'A homem' é arcaica, mas a ideia permanece e aparece em linguagem coloquial com formulações modernas. - Quando usar em comunicação escrita?
Em textos de opinião, crónicas ou comentários sociais para ilustrar a discrepância entre aparência e substância. Evitar em contextos formais ou quando se pretende diplomacia.
Notas de uso
- Usa-se para criticar ou observar quando alguém dá prioridade à aparência em detrimento da substância ou do conforto.
- Tom frequentemente irónico ou censurador; adequado em registos informais e coloquiais.
- A forma original 'A homem' é arcaica; hoje o mais corrente seria 'Ao homem' ou 'Ao pobre homem'.
- Pode aplicar-se a pessoas, pequenas organizações ou empresas que gastam em imagem sem investir na qualidade ou no essencial.
Exemplos
- Apesar de ganhar pouco, ele comprou um fato caro para parecer bem; é o caso de 'Ao homem pobre: roupa fina e cântaro de cobre'.
- A empresa investiu em publicidade e escritório elegante, mas cortou na manutenção; é exactamente 'pano fino, cântaro de cobre'.
Variações Sinónimos
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Aparências iludem.
- O hábito não faz o monge (parcialmente relacionado).
Relacionados
- Casa de ferreiro, espeto de pau (contraste entre profissão e situação pessoal)
- Não julgar pela capa
- Investir na imagem em vez da substância
Contrapontos
- Mais vale o útil que o vistoso (valorização da função sobre a aparência).
- Melhor pouco e de qualidade do que muito e inútil (priorizar qualidade sobre ostentação).
Equivalentes
- Inglês
All that glitters is not gold / Don't judge a book by its cover. - Espanhol
No todo lo que brilla es oro. - Francês
L'habit ne fait pas le moine.