Afirma que injustiças ou delitos não ficam impunes para sempre: a lei ou a correção moral acabará por agir.
Versão neutra
Aos responsáveis por actos injustos pode ser exigida responsabilidade; a lei e a vigilância social tendem a intervir.
Faqs
Significa que as autoridades sempre irão punir os culpados imediatamente? Não. O provérbio sublinha a ideia de eventual responsabilização, não a rapidez do processo. Investigações e procedimentos podem demorar.
Posso usar esta frase ao discutir um caso de corrupção? Sim. É comum usá‑la para pressionar por investigação e responsabilização, mas convém reconhecer limitações do sistema judicial quando apropriado.
É um provérbio optimista ou uma ameaça? Depende do contexto: pode tranquilizar vítimas (optimismo) ou advertir potenciais infratores (advertência).
Notas de uso
Usa‑se para assegurar vítimas ou denunciar que haverá consequência legal ou moral para um acto ilícito.
Funciona como aviso a quem cometeu uma infração: a impunidade é temporária.
Pode ser invocado tanto em contextos formais (tribunais, investigações) como informais (conversa, imprensa).
Nem sempre implica rapidez: sugere inevitabilidade da responsabilização, não calendarização imediata.
Exemplos
Quando surgiram as denúncias de fraude, os cidadãos repetiam que "a justiça não dorme" e pediam uma investigação independente.
O antigo dirigente tentou minimizar o caso, mas os promotores lembraram que "a justiça não dorme" e abriram diligências formais.
Numa conversa entre vizinhos, disseram ao jovem que tinha vandalizado o mural: "Não fiques descansado — a justiça não dorme."
Depois das revelações mediáticas, a frase "a justiça não dorme" foi usada para acalmar as vítimas e afirmar que haveria consequências legais.
Variações Sinónimos
A justiça tarda, mas não falha
A justiça há de ser feita
A justiça vai chegar
Ninguém escapa à justiça
Relacionados
Sentido de responsabilidade civil e penal
Princípio da legalidade
A justiça é cega (como comentário à imparcialidade)
Impunidade e combate à corrupção
Contrapontos
A realidade mostra que a justiça pode ser lenta, parcial ou sujeita a falhas — nem sempre age rapidamente ou eficazmente.
Critica‑se o uso do provérbio como consolação vazia quando há falhas sistémicas no acesso à justiça.
Em regimes corruptos, a fórmula pode ser falsa: a justiça dorme, protege interesses e não responsabiliza todos.