A lei protege os grandes

A lei protege os grandes.

Crítica à diferença de tratamento jurídico entre pessoas ou entidades com poder/recursos e os que não os têm.

Versão neutra

As leis tendem a favorecer quem tem mais poder, influência ou recursos.

O que significa exactamente este provérbio?
Expressa a ideia de que, na prática, quem tem mais recursos, influência ou poder tem mais capacidade de obter decisões legais favoráveis ou evitar sanções.
É uma afirmação factual ou uma crítica social?
É sobretudo uma crítica social e um juízo cínico sobre desigualdades no sistema judicial; não é uma descrição universal e absoluta.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se discute desigualdades no acesso à justiça, casos de impunidade ou a influência de poder económico nas decisões legais, sempre com cuidado para não caluniar sem provas.
Existem argumentos contrários a esta ideia?
Sim. Defensores da imparcialidade legal apontam exemplos de aplicação equitativa da lei e mecanismos de supervisão que visam limitar privilégios.

Usado para expressar cinismo ou crítica perante desigualdades no acesso à justiça.
Faz uma generalização; não descreve casos individuais onde a lei foi aplicada de forma igualitária.
Aparece com frequência em comentários políticos, jornalísticos e conversas informais sobre corrupção e influência.
Pode soar acusatório; convém usá-lo com evidências quando se debate políticas públicas ou decisões judiciais.

Quando a empresa multada contratou os melhores advogados e acabou por reduzir a sanção, muitos comentaram: 'A lei protege os grandes'.
O trabalhador despedido não conseguiu contestar a decisão perante um tribunal caro; para ele, ficou claro que 'a lei protege os grandes'.
Em debates sobre reforma judicial, alguns políticos repetem o provérbio para sublinhar a necessidade de igualdade no acesso à justiça.

A lei, em teoria, é imparcial e desenhada para proteger todos igualmente.
Há muitos casos em que tribunais aplicam a lei sem favorecer os mais poderosos.
Existem mecanismos institucionais (tribunais superiores, tribunais de contas, organismos de supervisão) destinados a corrigir abusos de poder.
Generalizar pode ocultar situações em que reformas legais e decisões judiciais beneficiaram cidadãos comuns.