A lei vê o irado, o irado não vê a lei

A lei vê o irado, o irado não vê a lei.
 ... A lei vê o irado, o irado não vê a lei.

Quando alguém está dominado pela ira deixa de observar regras e juízos; a raiva cega a razão e pode levar à violação da lei ou das normas.

Versão neutra

Quem está irado não vê a lei.

Faqs

  • O que significa este provérbio em termos práticos?
    Significa que, quando alguém está tomado pela raiva, perde a capacidade de avaliar corretamente e tende a ignorar regras, normas ou a lei, aumentando o risco de agir de forma injusta ou ilícita.
  • Pode este provérbio servir como justificativa legal?
    Não. É uma observação sobre comportamento. A lei pode considerar o estado emocional no apuramento de factos ou na dosimetria da pena, mas a ira não justifica atos ilícitos.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em conselhos, mediação, formação em competências interpessoais e discussões sobre justiça e disciplina para advertir sobre os riscos de reagir impulsivamente.

Notas de uso

  • Usado para advertir que a perda de controlo emocional prejudica o cumprimento da lei, regras ou normas sociais.
  • Empregado em contextos jurídicos, disciplinares e do dia a dia para explicar comportamentos impulsivos e as suas consequências.
  • Não é justificativa legal: serve como observação sobre comportamento, não como razão de ilicitude.
  • Pode implicar que terceiros (testemunhas, autoridades) percebem a perda de contenção e agem em conformidade.

Exemplos

  • Durante a discussão no trânsito, o condutor furioso ignorou as regras e meteu-se em manobras perigosas — prova de que a lei vê o irado, o irado não vê a lei.
  • O advogado lembrou ao cliente que, apesar da ofensa sofrida, reagir com violência violaria a lei: 'a lei vê o irado, o irado não vê a lei'.
  • Num conselho de administração, quando o diretor perdeu a calma e começou a insultar colegas, muitos lembraram que a ira cega o discernimento — exactamente o que este provérbio descreve.

Variações Sinónimos

  • Quem está irado não vê a lei
  • A ira cega o juízo
  • A ira é má conselheira
  • A ira tapa os olhos

Relacionados

  • A ira é má conselheira
  • A pressa é inimiga da perfeição
  • Quem tudo quer, tudo perde

Contrapontos

  • Nem sempre a ira invalida a legitimidade de uma queixa; há situações em que a emoção nasce de injustiça real e isso não anula a necessidade de aplicação da lei.
  • A lei deve ser aplicada de modo imparcial: identificar um indivíduo irado não dispensa a obrigação de avaliar factos e provas.
  • Medidas processuais e disciplinares existem exatamente para lidar com actos cometidos sob impacto emocional — o provérbio descreve um fenómeno, não uma regra jurídica.

Equivalentes

  • inglês
    Anger blinds judgement / Anger makes men blind
  • espanhol
    La ira ciega / La ira es mala consejera
  • francês
    La colère est mauvaise conseillère