Afirma que a violência física (o pau) corrige comportamentos de mulheres e de animais (mula); expressão tradicional que justifica o castigo físico.
Versão neutra
A violência não resolve problemas; a disciplina não se faz com agressão.
Faqs
Este provérbio é aceitável hoje em dia? Não. Por normalizar e justificar violência contra mulheres e animais, é socialmente inaceitável e deve ser evitado, salvo em contextos de análise crítica.
Qual é a origem deste ditado? Trata‑se de um provérbio de tradição oral, provavelmente rural, transmitido sem autoria identificada; surge em contextos históricos onde o castigo físico era socialmente tolerado.
Como citar este provérbio em trabalho académico? Cite-o apenas para análise histórica ou crítica, contextualizando a natureza violenta e as implicações misóginas, e indicando que hoje é rejeitado.
Notas de uso
Historicamente usado em contextos rurais para justificar a pena corporal contra mulheres e animais.
Atualmente é considerado misógino e legitimador de violência; o seu uso público é socialmente inaceitável.
Em estudos culturais e históricos pode ser citado com carácter explicativo ou crítico, nunca como recomendação.
Evitar citar esta frase sem contextualização crítica; pode ferir e normalizar abusos.
Exemplos
Nalgumas memórias familiares do início do século XX aparece a expressão 'A mulher e a mula, o pau as cura', usada para justificar castigos físicos — hoje rejeita-se esse princípio.
Num debate sobre linguagem e género referi que provérbios como 'A mulher e a mula, o pau as cura' ilustram atitudes históricas de desigualdade e violência, e que não devem ser reproduzidos sem crítica.
Variações Sinónimos
À mulher e à mula, o pau cura.
A mulher e a besta, com pau se ajeita.
Expressões semelhantes que associam violência à correcção de mulheres ou animais.
Relacionados
Provérbios ou ditos que defendem castigos físicos (ex.: 'Quem bate esquece, quem apanha aprende' — usado em contextos semelhantes).
Provérbios que refletem hierarquias de género e poder, comuns em tradições orais antigas.
Contrapontos
A violência não é solução nem forma legítima de disciplina.
A educação e o diálogo resolvem conflitos sem agressão.
Leis e normas contemporâneas protegem contra violência doméstica e maus-tratos a animais.
Equivalentes
Inglês Spare the rod and spoil the child (análogo na defesa do castigo corporal, embora aplicado a crianças).
Espanhol Frases populares que justificam palizas a animais ou mulheres existem em variantes regionais; não há uma equivalência canónica universal.