Proverbial que sugere, de modo pejorativo, que é preferível que a mulher (ou pessoa) se mantenha calada; valoriza o silêncio sobre a fala.
Versão neutra
Nem sempre falar é útil; por vezes o silêncio é mais apropriado.
Faqs
Este provérbio é ofensivo? Sim. Ao sugerir que a mulher deve estar calada para ser 'boa', transmite uma ideia misógina. Hoje é considerado ofensivo em muitos contextos.
Ainda se usa este provérbio? Pode ainda aparecer em contextos populares ou como citação histórica, mas o seu uso directo tende a ser criticado e menos frequente em ambientes sensibilizados para a igualdade.
Qual é uma alternativa neutra para transmitir a ideia do valor do silêncio? Expressões neutras como 'nem sempre falar é útil' ou 'o silêncio por vezes é preferível' preservam a ideia sem visar um grupo específico.
Notas de uso
Frase de registo popular e coloquial, encontrada em variedades regionais do português.
Tem conotação misógina: desvaloriza a expressão feminina e promove o silêncio como virtude imposta.
Evitar uso em contextos formais ou onde se pretende respeito pela igualdade de género.
Pode ser citada criticamente para apontar atitudes tradicionais ou retrógradas.
Exemplos
Durante a discussão familiar alguém citou o provérbio «A mulher e a meloa? só a calada é que é boa», e outra pessoa respondeu que a frase era ofensiva e desactualizada.
No debate formal, optámos por incentivar a escuta activa em vez de repetir a ideia de que 'só a calada é que é boa'.
Variações Sinónimos
A mulher e a meloa, só a calada é boa
Mulher e meloa, a calada é boa
A rapariga e a meloa, só a calada é que presta
Silêncio é ouro
Relacionados
Silêncio é ouro
Quem muito fala, muito erra
Quem cala consente
Contrapontos
O direito à voz e à expressão é fundamental; calar não deve ser imposto por norma social.
Expressar opiniões pode corrigir injustiças; incentivar o silêncio pode silenciar vítimas e minorias.
Frases deste tipo reflectem estereótipos de género e são passíveis de crítica social e ética.