Guarda-te de traseiro de mula e de língua de mulher.
Aviso para tomar cuidado com dois tipos de perigo: um físico (o coice de uma mula) e outro causado por palavras (a fala de alguém).
Versão neutra
Guarda-te do coice da mula e da língua afiada.
Faqs
- Este provérbio é ofensivo?
A formulação contém uma generalização sobre as mulheres que, hoje, é considerada sexista por muitos. Em contextos contemporâneos convém evitá‑lo ou usar versões neutras. - Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um provérbio popular de origem oral, provavelmente rural. Não há fonte documentada ou autor conhecido; foi transmitido através das comunidades. - Quando é apropriado usar‑lo hoje?
Só em contextos históricos, literários ou quando se pretende citar o provérbio e discutir o seu sentido. Para aconselhar prudência de forma não discriminatória, prefira formas neutras como 'Guarda‑te do coice da mula e da língua afiada'.
Notas de uso
- Registo: popular e arcaico; hoje pode soar antiquado.
- Contexto: usado tradicionalmente em ambientes rurais e familiares para aconselhar prudência.
- Sensibilidade: contém uma generalização sobre as mulheres e pode ser considerado misógino; usar com cautela ou optar por versões neutras.
- Função pragmática: combina humor e advertência, juntando perigo físico e perigo social.
Exemplos
- Quando se discutiam matérias delicadas na aldeia, o avô costumava dizer: 'Guarda-te de traseiro de mula e de língua de mulher', para avisar da necessidade de cuidado nas palavras e nas ações.
- Ela preferiu não responder às provocações, lembrando-se do provérbio e pensando antes: 'Guarda-te do coice da mula e da língua afiada'.
Variações Sinónimos
- Guarda-te do coice da mula e da língua afiada.
- Cuidado com a língua afiada.
- Quem fala demais dá bom dia a cavalo.
- Boca fechada não entra mosca.
Relacionados
- Quem fala demais dá bom dia a cavalo (provérbio sobre perigos de falar em excesso).
- Boca fechada não entra mosca (preferir silêncio em certas situações).
- Mais vale prevenir do que remediar (aconselha precaução).
Contrapontos
- A formulação original generaliza negativamente as mulheres; hoje é considerado problemática e sexista por apresentar a 'língua de mulher' como perigo inerente.
- É injusto e impreciso atribuir características perigosas a um grupo inteiro; no uso contemporâneo é recomendável evitar generalizações de género.
- A versão literal reduz riscos complexos a imagens simples — uma leitura mais equilibrada distingue entre comportamento individual e estereótipos de grupo.
Equivalentes
- inglês
Beware the mule's hind and a woman's tongue. - espanhol
Guardaos del trasero de la mula y de la lengua de la mujer. - francês
Méfiez‑vous du postérieur de la mule et de la langue de la femme. - italiano
Guardati dal sedere della mula e dalla lingua della donna.