A necessidade é mãe da invenção.

Quando surge uma necessidade ou problema urgente, as pessoas tendem a criar ou descobrir soluções práticas e novas ideias.

Versão neutra

A necessidade estimula a invenção.

Este provérbio veio realmente de Platão?
A ideia aparece em Platão (República) na Antiguidade, mas a formulação curta e proverbial foi desenvolvida posteriormente e popularizou-se na Europa moderna.
Significa que a necessidade é sempre boa para a inovação?
Não necessariamente. A necessidade pode estimular soluções rápidas e criativas, mas também pode produzir resultados provisórios, perigosos ou menos eficientes que inovações planeadas.
Em que contextos o provérbio é mais usado hoje?
É usado em empreendedorismo, engenharia de baixo custo, resposta a crises (como desastres ou pandemias) e em exemplos quotidianos de improvisação frente a limitações.

Usa-se para salientar que limitações ou crises podem estimular criatividade e inovação.
Aplicável em contextos de empreendedorismo, engenharia frugal e improvisação diária.
Não deve ser interpretado como explicação exclusiva: inovação também resulta de curiosidade, investigação e investimento.
Pode servir como incentivo em situações de escassez, mas também como diagnóstico de soluções temporárias ou subóptimas.

Durante a crise de abastecimento, pequenas oficinas desenvolveram adaptadores improvisados — a necessidade foi mãe da invenção.
Quando o telemóvel avariou, o aluno criou uma solução simples para partilhar ligações; a necessidade levou à ideia prática.
Em comunidades rurais sem acesso à água corrente, surgiram sistemas locais de captação e filtração por necessidade.

Nem toda a inovação nasce da necessidade — muitos avanços resultam de investigação básica, curiosidade ou recursos abundantes.
Soluções apressadas por necessidade podem ser temporárias, inseguras ou ineficientes.
A ideia pode legitimar condições de escassez como estímulo à criatividade, o que nem sempre é desejável socialmente.