A prosperidade embota o engenho, e os males e adversidades o espertam.

A abundância tende a diminuir a criatividade e a iniciativa; a necessidade e as dificuldades despertam e aguçam a inventividade.

Versão neutra

A prosperidade tende a embotar o engenho; as adversidades costumam aguçá‑lo.

O provérbio significa que a riqueza é sempre má para a criatividade?
Não. É uma generalização: a facilidade pode reduzir a pressão para inovar, mas a prosperidade também pode proporcionar meios (tempo, educação, recursos) que favorecem a criatividade.
Quando é adequado usar este provérbio?
Ao comentar fenómenos sociais, empresariais ou pessoais em que o excesso de conforto reduz iniciativa, ou para ilustrar como a necessidade pode levar a soluções inventivas.
É ofensivo dizer a alguém que a prosperidade embotou o seu engenho?
Pode ser percebido como crítico. Melhor usar o provérbio em termos gerais ou como observação sobre circunstâncias, evitando atacar pessoas concretas.

Usa-se para comentar comportamentos em que o conforto reduz o esforço ou a inventividade.
É um provérbio de registro neutro a ligeiramente formal; adequado em escrita reflexiva, ensaios e conversas sobre economia comportamental ou história social.
Não deve ser usado para justificar falta de apoio a pessoas em dificuldade nem para estigmatizar quem vive em prosperidade — é uma observação geral, não absoluta.
Aplica-se tanto a indivíduos como a comunidades e organizações: escassez pode forçar soluções criativas; excesso pode levar à complacência.

Depois de o pequeno negócio começar a dar lucro, a equipa deixou de procurar melhorias radicais — confirma‑se que a prosperidade embota o engenho.
Quando a fábrica fechou e as famílias ficaram apertadas, surgiram várias soluções comunitárias para partilhar recursos: os males espertam o engenho.

A prosperidade também pode criar condições (tempo, recursos, educação) favoráveis à inovação e ao desenvolvimento do engenho.
Nem todas as pessoas reagem igual às adversidades; para alguns, dificuldades prolongadas levam ao desânimo em vez de a soluções criativas.
A relação causa‑efeito não é absoluta: políticas públicas, educação e cultura influenciam se a prosperidade embota ou estimula o engenho.