A quem matar teu pai, não lhe cries o filho.
Não faças favores nem protejas os descendentes de quem te prejudicou gravemente; defesa de limites e recusa de benefício a quem causou dano.
Versão neutra
Não ajudes nem cries o filho de quem te causou grande mal.
Faqs
- O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa recusar favores, proteção ou benefícios a pessoas que são parentes ou representantes de alguém que causou grande dano, como forma de estabelecer limites ou punir simbolicamente. - É aceitável usar este provérbio hoje em dia?
Depende do contexto. Pode ser compreendido em linguagem coloquial para expressar firmeza, mas o teor violento e punitivo pode ser inapropriado em contextos profissionais ou ao discutir questões legais e morais. - O provérbio defende punir inocentes (como filhos)?
Literalmente implica uma recusa que pode afectar inocentes; isso levanta objecções éticas. A leitura mais prudente vê-o como metáfora para limites, não como incentivo a injustiças contra terceiros inocentes. - Há alternativas mais moderadas para expressar a mesma ideia?
Sim. Frases como «Não ajudes o descendente do teu inimigo» ou «Não estendas favores a quem te prejudicou» mantêm a ideia sem a imagem violenta.
Notas de uso
- Usado para justificar não ajudar ou não favorecer pessoas ligadas a alguém que causou grande mal.
- Frequentemente empregue em contextos de conflito familiar, vingança simbólica ou desconfiança profunda.
- É uma expressão severa e figurada; nem sempre implica literalidade, mas pode chocar pelo teor violento.
- Pode ser inadequado em contextos formais, profissionais ou quando se pretende promover reconciliação.
Exemplos
- Depois da rutura entre as famílias, o tio repetia: «A quem matar teu pai, não lhe cries o filho», recusando qualquer ajuda aos parentes do agressor.
- No debate sobre contratos com a empresa que arruinou a nossa firma, o conselho sugeriu cautela: «Não podemos favorecer quem nos prejudicou — a quem matar teu pai, não lhe cries o filho».
- Quando lhe pediram para empregar o filho do homem que traíra a família, respondeu firmemente que não o faria — seguia o princípio do provérbio.
Variações Sinónimos
- Não ajudes o descendente do teu inimigo.
- Não estendas a tua protecção a quem te prejudicou.
- A quem fez mal à tua família, não lhe prestes favores.
Relacionados
- Olho por olho, dente por dente (retaliação).
- Perdoar é divino (contraponto que valoriza o perdão).
- Quem semeia ventos colhe tempestades (justiça ou consequência).
Contrapontos
- Aplicá-lo literalmente atenta contra princípios éticos e legais; culpar ou penalizar filhos por actos dos pais é injusto.
- A justiça moderna privilegia processos e responsabilidade individual, não vingança hereditária.
- A reconciliação e o perdão podem ser estratégias mais sustentáveis socialmente e psicologicamente.
Equivalentes
- Inglês
Don't raise the child of the one who killed your father. (literal) — conceptually: don't help the descendant of someone who harmed you. - Espanhol
A quien mató a tu padre, no le críes el hijo. (variação direta em espanhol) - Francês
À qui a tué ton père, ne fais pas grandir son fils. (tradução literal)