Admoesta contra a obsequiosidade excessiva: quem se humilha demasiado pode ser prejudicado, perder respeito ou ser alvo de gozo.
Versão neutra
Quem se humilha em demasia arrisca ser exposto, perder respeito ou ser prejudicado.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado para advertir alguém que está a ceder em demasia a outras pessoas de modo a perder respeito ou ser explorado. Deve ser usado com cuidado em situações sensíveis.
O provérbio insinua que a humildade é sempre má? Não. O provérbio critica a submissão excessiva e as consequências sociais da perda de dignidade; não condena a humildade equilibrada ou a cortesia.
É um provérbio ofensivo ou com conotações negativas? Pode ter tom crítico ou jocoso, pois aponta falhas comportamentais. Não contém conteúdo sensível inerente, mas o uso pode ser ofensivo dependendo do destinatário.
Notas de uso
Usado para avisar alguém que está a mostrar submissão exagerada numa relação pessoal ou profissional.
Pode ser empregado de forma severa ou jocosa, dependendo do tom e do contexto.
Aplica-se tanto a comportamentos de bajulação como a situações em que se aceita tudo para agradar e isso traz consequências negativas.
Não deve ser usado para silenciar vítimas de abusos; humildade forçada em contextos de violência ou coerção é um tema distinto.
Exemplos
No escritório, o João aceita todas as ordens sem questionar; os colegas já comentam que 'a quem muito se abaixa, a calva lhe aparece' e acabam por tirar partido dele.
Quando a vizinha sempre cedeu às exigências da associação, acabou sem voz nas decisões — foi o típico caso de quem muito se abaixa, a calva lhe aparece.
Variações Sinónimos
Quem muito se curva, descobre a careca.
Quem se humilha demasiado perde respeito.
Quem é demasiado submisso acaba por ser aproveitado.
Relacionados
Quem muito quer, nada tem. (sobre limites e consequências de excessos)
Quem se dá de graça, perde o valor. (sobre preservação da dignidade)
Não sejas capacho. (idiomático, contra submissão)
Contrapontos
A humildade e a capacidade de ceder são virtudes sociais; nem toda deferência leva à exploração.
Em contextos hierárquicos ou de negociação estratégica, recuar pode ser uma tática prudente, não sinal de fraqueza.
Há culturas em que a cortesia e a submissão aparente são valorizadas e não implicam perda de respeito.
Equivalentes
Inglês (tradução literal/aforismo) He who bows too much shows his bald spot.
Inglês (equivalente idiomático) Don't be a doormat.
Espanhol Quien mucho se agacha, la calva se le ve.
Francês (aproximação) Qui se courbe trop montre sa calvitie.