A sebe dura três anos, o cão três sebes, o cavalo três cães...

A sebe dura três anos, o cão três sebes, o cava ... A sebe dura três anos, o cão três sebes, o cavalo três cães, o homem três cavalos, o corvo três homens, e o elefante três corvos.

Expressa, por meio de uma cadeia de dependência entre espécies, a ideia de ciclos limitados de duração, mudança de responsabilidades e transitoriedade do poder ou vantagem.

Versão neutra

Cada elemento depende do anterior por um período limitado; posições de vantagem ou poder tendem a durar pouco e a transferir-se ao longo de uma cadeia.

Faqs

  • O provérbio deve ser tomado literalmente?
    Não — é metafórico. Usa uma cadeia simbólica e o número três para transmitir a ideia de ciclos e transitoriedade, não para afirmar factos sobre duração real.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer sublinhar que uma situação, privilégio ou posição tem carácter temporário e que a mudança ou transferência é natural. Adequado em conversa informal, comentários históricos ou reflexões sobre ciclos sociais.
  • Qual é a origem do provérbio?
    A origem exacta é desconhecida; trata‑se de um ditado de tradição popular transmitido oralmente, possivelmente de ambiente rural.
  • O que simboliza o número três aqui?
    O número três funciona como medida simbólica de repetição ou duração suficiente para marcar um ciclo; não é uma medida cronológica precisa.

Notas de uso

  • Uso figurado: comenta a natureza temporária de posições, privilégios ou vantagens.
  • Registo: popular e algo arcaico; compreendido sobretudo em contextos rurais ou eruditos que citam provérbios antigos.
  • Tom: metafórico e um pouco enigmático — pode ser usado com humor ou como advertência sobre a efemeridade.
  • Não deve ser interpretado literalmente como afirmação biológica; os números (três) são simbólicos.

Exemplos

  • Ao comentar a sucessão de líderes numa organização, o diretor disse: «Isto não é para sempre — a sebe dura três anos», lembrando que cargos e privilégios mudam de mãos.
  • Numa conversa sobre modas e tendências, a avó usou o provérbio para explicar que nada se mantém eternamente: «O mundo muda; o que dura hoje acaba amanhã.»

Variações Sinónimos

  • Nada dura para sempre; tudo tem o seu ciclo.
  • Cada cargo/condição tem prazo; o poder passa.
  • Três tempos para cada um (forma resumida e simbólica).

Relacionados

  • O mundo dá voltas.
  • Tudo passa.
  • Quem tudo quer, tudo perde.

Contrapontos

  • A formulação é vaga e simbólica; os números e a sequência não têm base factual nem aplicação prática universal.
  • Pode promover uma visão fatalista (aceitação passiva da mudança) em vez de encorajar ação.
  • Algumas leituras hierárquicas (animais > homem > elefante) são anacrónicas e pouco úteis fora do contexto metafórico.

Equivalentes

  • Inglês
    The hedge lasts three years, the dog three hedges, the horse three dogs, the man three horses, the crow three men, and the elephant three crows.
  • Espanhol
    La cerca dura tres años, el perro tres cercas, el caballo tres perros, el hombre tres caballos, el cuervo tres hombres, y el elefante tres cuervos.
  • Francês
    La haie dure trois ans, le chien trois haies, le cheval trois chiens, l'homme trois chevaux, le corbeau trois hommes, et l'éléphant trois corbeaux.
  • Alemão
    Die Hecke hält drei Jahre, der Hund drei Hecken, das Pferd drei Hunde, der Mensch drei Pferde, die Krähe drei Menschen und der Elefant drei Krähen.