A virtude é uma guerra perene por amor de nós mesmos.

A virtude exige um esforço contínuo e persistente; manter-se virtuoso é uma luta diária motivada, em parte, pelo cuidado e respeito por nós próprios.

Versão neutra

A virtude exige esforço contínuo e persistente, movido pelo amor-próprio.

O que quer dizer concretamente 'guerra perene' neste contexto?
Significa um esforço contínuo e duradouro: a prática da virtude exige repetidas escolhas e vigilância ao longo do tempo, não é um acto isolado.
O provérbio é pessimista ao chamar a virtude de guerra?
Não necessariamente; usar a imagem da guerra sublinha a exigência e o esforço. Pode ser visto como realista — reconhece dificuldade sem negar o valor da virtude.
Por que se menciona 'amor de nós mesmos' como motivação?
A expressão sugere que uma parte importante da prática moral passa pelo cuidado com a própria integridade, autoestima e bem-estar, não apenas por altruísmo.

Usar quando se quer sublinhar que comportamentos morais exigem disciplina e vigilância constantes.
Adequado em reflexões éticas, psicológicas ou em conselhos sobre autocontrolo e hábitos.
Evitar tom acusatório: o provérbio descreve um facto da prática moral, não julga intencionalmente quem falha.
Pode servir para contrastar visões que tratam a virtude como algo natural ou instantâneo.

Num ambiente de trabalho com tentações para cortar caminhos, manter a honestidade é uma guerra perene por amor de nós mesmos: exige vigilância e decisões repetidas.
Criar o hábito de pedir desculpa quando erramos é um exercício de virtude; é um esforço quotidiano que protege a nossa integridade e autoestima.
Quando resistimos a um comportamento impulsivo para não magoar alguém, estamos a travar essa guerra perene — não porque seja fácil, mas porque valorizamos quem somos.

Algumas correntes defendem que a virtude pode emergir naturalmente através do bom exemplo ou da educação, não necessariamente como luta contínua.
O amor próprio usado como única motivação pode descambar para o egoísmo; a virtude pode também ter motivações altruístas.
Nem toda luta é virtuosa — esforçar-se por privilégios próprios não é o mesmo que esforçar-se por excelência moral.