No amor e na guerra, vale tudo.
Sugere que, em assuntos amorosos e em conflitos, as normas habituais podem ser dispensadas para atingir um fim.
Versão neutra
Em situações de amor ou conflito, é comum que as regras habituais sejam flexibilizadas.
Faqs
- Qual a origem desta expressão?
A forma mais conhecida em inglês, «All is fair in love and war», costuma ser atribuída a John Lyly (século XVI). A versão portuguesa é um calque adotado na linguagem popular; não há registo claro da sua primeira ocorrência em português. - Significa que tudo é moralmente aceitável?
Não. O provérbio descreve uma justificação ou racionalização comum, mas não legitima ações que violem direitos, a lei ou o consentimento alheio. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais para comentar tácticas extremas em relações pessoais ou competições. Evite‑o em contextos profissionais, legais ou quando se pretende uma argumentação ética séria. - Pode ser usado de forma irónica?
Sim. Muitas vezes é usado ironicamente para criticar ou salientar excessos, em vez de os justificar.
Notas de uso
- Usado para justificar comportamentos que, noutros contextos, seriam considerados impróprios.
- Frequentemente empregado de forma retórica ou irónica; nem sempre indica concordância moral.
- Aplica‑se sobretudo em linguagem coloquial; em contextos formais ou jurídicos, é inadequado como argumento.
- Não implica que tudo seja eticamente aceitável—há limites legais e de consentimento que não devem ser ignorados.
Exemplos
- Quando soube que ela ia sair com outro, ele passou a mandar‑mensagens constantes — justificou‑se dizendo que, no amor, vale tudo.
- Durante a campanha política, houve tácticas agressivas e boatos; alguns eleitores responderam que, em guerra eleitoral, vale tudo.
- Ela explicou que aceitou negociar prazos mais rígidos porque, na empresa, quando está em causa um grande cliente, parece que vale tudo.
Variações Sinónimos
- No amor e na luta, vale tudo.
- No amor e na guerra, tudo é permitido.
- No jogo do amor e da guerra, vale tudo.
Relacionados
- Os fins justificam os meios.
- O amor é cego.
- Quem não arrisca não petisca.
Contrapontos
- Limites éticos e legais existem mesmo em situações extremas; violar os direitos dos outros não é justificável.
- A confiança e o respeito mútuo são essenciais nas relações amorosas; 'vale tudo' pode destruir relações a longo prazo.
- Em conflitos, normas humanitárias e de direito internacional regulam o comportamento e proíbem certos atos.
Equivalentes
- Inglês
All is fair in love and war. - Espanhol
En el amor y en la guerra todo vale. - Francês
En amour et en guerre, tout est permis. - Latim (versão aproximada)
In amore et bello omnia licent.