Acha o ladrão que todos o são

Acha o ladrão que todos o são.
 ... Acha o ladrão que todos o são.

Quem tem culpa tende a suspeitar que os outros também são culpados; projeta nos outros os seus próprios defeitos ou intenções.

Versão neutra

Quem é ladrão pensa que todos o são.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que quem tem culpa ou um comportamento reprovável tende a supor que os outros partilham dessa mesma conduta — é uma referência à projecção de defeitos pessoais.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer alertar para um viés de desconfiança que parece vir da própria conduta do acusador, sempre com prudência para não transformar a observação numa acusação sem fundamento.
  • É um provérbio ofensivo?
    Pode ser interpretado como crítica directa; convém usá‑lo com cuidado, pois implica suspeita sobre o comportamento da pessoa a quem é dirigido.

Notas de uso

  • Usa‑se para apontar que uma pessoa desconfiada pode estar a projectar as suas acções ou intenções nos demais.
  • Comum em contextos de conversas informais, críticas morais ou discussões sobre confiança e suspeita.
  • Não é uma prova de culpa: serve como observação psicológica ou moral, não como argumento juridicamente válido.
  • Pode ser dito de forma repreensiva para chamar a atenção para um viés pessoal do interlocutor.

Exemplos

  • Quando começou a acusar colegas sem provas, o chefe lembrou-lhe o provérbio: acha o ladrão que todos o são.
  • Ela desconfiava sempre de ofertas generosas; quando perguntei porquê, respondi que às vezes acha o ladrão que todos o são.

Variações Sinónimos

  • Quem rouba pensa que todos roubam.
  • O ladrão julga todos ladrões.
  • Quem tem culpa vê culpa nos outros.

Relacionados

  • Quem não deve não teme (frequentemente usado em contraponto)
  • A culpar sem prova, enganas a ti mesmo (observação sobre generalização precipitada)

Contrapontos

  • Não convém acusar alguém apenas porque estamos desconfiados — a presunção de inocência e as provas são fundamentais.
  • Generalizar a partir do próprio comportamento pode levar a injustiças; há comportamentos individuais que não se aplicam ao grupo.
  • A suspeita excessiva pode ser sinal de insegurança pessoal ou de experiência passada, e não de culpa universal.

Equivalentes

  • es
    Piensa el ladrón que todos son de su condición.
  • en
    A thief thinks everyone steals.