Critica quem age ou se comporta como se algo já estivesse garantido ou tivesse acontecido, antes do tempo; aponta presumptuosidade ou excesso de confiança.
Versão neutra
Ainda não aconteceu e já se comporta como se tivesse acontecido.
Faqs
Quando se usa este provérbio? Usa-se para criticar alguém que age como se uma situação estivesse resolvida ou garantida quando ainda não o está — por exemplo, alguém que assume uma função, um prémio ou um sucesso antes de o ter confirmado.
O provérbio é ofensivo? Depende do contexto e do tom. Pode ter um efeito jocoso ou crítico; em situações formais ou dirigidas a desconhecidos pode ser percebido como rude.
É usado apenas para pessoas? Não: também pode aplicar-se a projectos, planos ou expectativas colectivas que se apresentam como certas antes do tempo.
Notas de uso
Usa-se para censurar atitudes de arrogância, pretensão ou excesso de confiança que antecipam acontecimentos.
Tom geralmente jocoso ou mordaz; em contextos formais pode ser considerado pouco cortês.
Pode aplicar-se a pessoas, projetos ou planos ainda não iniciados ou confirmados.
Não é literal: raramente refere um bebé; é uma imagem metafórica.
Exemplos
O João ainda não foi contratado e já fala como se fosse o chefe; ainda não é nascida e já espirra.
Os promotores anunciam lucro garantido antes de começarem as obras — ainda não é nascida e já espirra.
Variações Sinónimos
Ainda não nasceu e já espirra.
Ainda não nasceu e já se acha muito.
Conta o ovo antes de este nascer.
Relacionados
Não vendas a pele do urso antes de o matares.
Não se deve contar com o ovo no cuco (variação regional de “não conte com o que ainda não tem”).
Não ponhas a carroça à frente dos bois.
Contrapontos
Quem espera alcança (valoriza paciência e prudência em vez de antecipação).
Devagar se vai ao longe (defende cautela e progresso gradual).
Equivalentes
inglês Don't count your chickens before they're hatched.
espanhol Aún no ha nacido y ya estornuda.
francês Il ne faut pas vendre la peau de l'ours avant de l'avoir tué.