Aponta uma relação de causa e efeito e serve para minimizar ou classificar como previsível uma reacção (birra) perante consequências naturais de uma acção.
Versão neutra
É uma reacção previsível: quem provoca algo deve esperar as consequências.
Faqs
O que significa 'birra' neste provérbio? Aqui 'birra' refere-se a uma reacção de reclamação, birrinha ou protesto que quem fala entende como exagerada ou previsível face à causa.
Posso usar este provérbio em contextos formais? Não é recomendado: o provérbio tem registo coloquial e pode soar desdenhoso. Em contextos formais, prefira uma formulação neutra que explique causa e consequência.
Qual é a ideia principal transmitida? Que certas reacções são consequências naturais e previsíveis de actos ou provocações, pelo que não merecem surpresa nem, por vezes, muita empatia.
Conhece-se a origem histórica deste provérbio? Não há registo histórico preciso; trata‑se de um dito popular de circulação oral em Portugal, com imagens ligadas a experiências comuns (p. ex. a irritação causada pelo fumo).
Notas de uso
Usado de forma coloquial para desvalorizar ou explicar uma reacção como previsível, comparando-a a uma consequência óbvia.
Registo informal; pode soar condescendente ou pejorativo quando dirigido a alguém.
A referência ao tabaco é metafórica: sublinha que determinadas reacções são naturais após uma causa evidente.
Aplicável em conversas familiares ou entre conhecidos; evitar em contextos formais ou quando se pretende empatia.
Exemplos
Quando o chefe cortou horas extra sem avisar, o empregado ficou zangado — 'isso é birra: quem toma tabaco, espirra', disse um colega para explicar a reacção previsível.
A miúda não queria cumprir as regras e fez birra quando foi sancionada; os pais comentaram: 'isso é birra; quem toma tabaco, espirra', para sublinhar que a consequência era esperada.
Variações Sinónimos
Quem toma tabaco, espirra.
Quem fuma, espirra.
Quem provoca, sofre as consequências.
Isto é manha: quem faz, colhe.
Relacionados
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Quem dá, recebe.
Fizeste a cama, agora deita-te nela.
Contrapontos
Nem sempre há uma relação directa e inevitável entre acto e consequência — exigir explicação é distinto de birra.
Há situações em que a reacção é legítima e não apenas uma 'birra' previsível.