Ainda que vistas a mona de seda, mona se queda

Ainda que vistas a mona de seda, mona se queda.
 ... Ainda que vistas a mona de seda, mona se queda.

A aparência exterior não transforma a natureza ou o carácter essencial de alguém ou algo.

Versão neutra

Mesmo que se vista de seda, continua a mesma pessoa.

Faqs

  • Qual é o sentido deste provérbio?
    Significa que a aparência exterior não altera a essência ou as qualidades intrínsecas de alguém ou de algo.
  • Quando posso usar este provérbio?
    Quando se quer apontar que uma mudança superficial (roupa, apresentação, imagem) não resolve problemas de fundo ou não altera o carácter real.
  • É ofensivo empregar‑lo?
    Pode ser percebido como insultuoso se dirigido a uma pessoa concreta, porque compara alguém a um animal. Usar com precaução e preferir aplicá‑lo a situações ou comportamentos, não a traços pessoais.
  • Qual é a origem desta expressão?
    A formulação popular é comum na Península Ibérica (também existe em espanhol). A origem precisa não é documentada aqui.

Notas de uso

  • Usa‑se para enfatizar que mudanças superficiais (roupa, título, imagem) não alteram traços profundos de carácter ou competência.
  • Pode servir como crítica a hipocrisia ou a tentativas de mascarar deficiências com aparência.
  • Evitar o uso dirigido a indivíduos de forma insultuosa, sobretudo quando pode implicar discriminação; o provérbio pode ser ofensivo se aplicado a pessoas concretas.

Exemplos

  • Reformaram a fachada da empresa e mudaram o logo, mas a gestão continua a mesma; ainda que vistas a mona de seda, mona se queda.
  • Ele comprou um fato caro para parecer mais profissional, mas não mudou a forma de trabalhar — o provérbio aplica‑se: ainda que vistas a mona de seda, mona se queda.
  • É justo lembrar que alterações superficiais nem sempre resolvem problemas estruturais: pode pôr verniz, mas a essência permanece.

Variações Sinónimos

  • O hábito não faz o monge.
  • Ainda que vista a mona de seda, mona se fica.
  • De casaca nova, velho cão.
  • Pôr franja na raposa não a faz menos raposa.

Relacionados

  • O hábito não faz o monge.
  • A roupa não faz o homem.
  • Não é com trajes que se muda o carácter.

Contrapontos

  • Aparência e apresentação contam em muitas situações (entrevistas, negociações); vestir‑se melhor pode abrir portas e alterar perceções.
  • Em alguns casos, mudanças externas fazem parte de um processo de transformação real (ex.: profissionalização), pelo que não convém desvalorizar sinais de esforço.
  • Há uma diferença entre ‘aparência apenas’ e ‘sinalizador de mudança’: avaliar o contexto antes de aplicar o provérbio.

Equivalentes

  • espanhol
    Aunque la mona se vista de seda, mona se queda.
  • inglês
    You can dress a monkey in silk, it's still a monkey. / You can put lipstick on a pig, but it's still a pig.
  • francês
    On peut habiller un singe en soie, c'est toujours un singe.
  • italiano
    Anche se vesti una scimmia di seta, resta una scimmia.