Ajoelhou, tem que rezar.
Assume as consequências das tuas ações ou compromissos; quem inicia algo deve terminar ou responsabilizar‑se pelo resultado.
Versão neutra
Quem tomou essa decisão deve aceitar e responder pelas suas consequências.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para lembrar ou reprovar alguém que deve cumprir uma obrigação ou aceitar as consequências de uma escolha que fez. - É apropriado em contexto formal?
É mais comum em registo informal. Em contextos formais ou sensíveis, prefira linguagem mais neutra e diplomática. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas o tom pode ser duro. Pode ser interpretado como acusatório se usado insensivelmente. - Significa que não se pode mudar de opinião?
Não necessariamente; transmite a ideia de responsabilidade pelas ações, mas não impede discussões sobre renegociação ou retificação quando justificadas.
Notas de uso
- Usa‑se para lembrar alguém de cumprir uma obrigação ou aceitar as consequências de uma decisão.
- Tom de advertência ou reprovação; pode ser direto e pouco delicado, adequado a conversas informais.
- Não é literal — relaciona a imagem de ajoelhar (submissão/compromisso) ao acto de rezar (cumprir).
- Há que ter cuidado quando a expressão é aplicada a situações de coação ou desigualdade de poder: nem sempre o cumprimento imediato é possível ou desejável.
Exemplos
- Se assinaste o contrato sem ler as cláusulas, agora tens de cumprir o que está escrito — ajoelhou, tem que rezar.
- Entraste naquele negócio por tua iniciativa; se correr mal, não procures desculpas — ajoelhou, tem que rezar.
- Prometeste ajudar nos preparativos da festa; não desistas à última hora — ajoelhou, tem que rezar.
Variações Sinónimos
- Ajoelhou que reze
- Ajoelhou, tem de rezar
- Quem ajoelha tem que rezar
- Quem a fez, que a pague
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades
- Cada um colhe o que planta
- Quem faz a cama, que se deite nela
Contrapontos
- Nem sempre é justo forçar alguém a cumprir um compromisso quando este foi obtido sob pressão, engano ou sem informação suficiente.
- As circunstâncias mudam: assumir responsabilidade não implica recusar a renegociação ou a reparação quando apropriado.
- A expressão pode silenciar vítimas de coerção se usada para justificar a manutenção de uma situação injusta.
Equivalentes
- inglês
You've made your bed, now lie in it. - espanhol
Quien la hace, la paga.