Metáfora que indica entrega total — moral ou prática — a algo ou alguém considerado pernicioso, corruptor ou perigoso.
Versão neutra
Entregou por completo a sua vida ou a sua liberdade de escolha a algo ou a alguém que lhe faz mal ou é moralmente reprovável.
Faqs
Significa que a pessoa literalmente fez um pacto com o demónio? Não. É uma expressão metafórica usada para dizer que alguém se entregou por completo a práticas, causas ou pessoas consideradas más, corruptas ou perigosas.
É ofensivo usar este provérbio? Depende do contexto. Tem carga moral e religiosa; em ambientes formais ou sensíveis pode ser forte ou inapropriado. Em registo coloquial costuma servir de hipérbole crítica.
Quando é adequado empregar esta expressão? Quando se quer enfatizar que alguém sacrificou princípios ou se subjugou totalmente a uma influência negativa. Evite em situações que exijam neutralidade ou respeito religioso.
Notas de uso
Usa‑se de forma figurada para criticar quem se compromete por inteiro com uma causa, prática ou pessoa considerada má ou corrupta.
Registo: coloquial e contundente; pode ser percecionado como forte em contextos formais ou sensíveis devido à referência religiosa.
Não deve ser interpretado literalmente; raramente é usado em contextos neutros sem intenção crítica ou hiperbólica.
No português de Portugal existem variantes com 'diabo' ou 'demónio' em vez de 'demo'.
Exemplos
Ao aceitar subornos sistematicamente, muitos diziam que ele alma e corpo deu ao demo — sacrificou a integridade pelo poder e pelo dinheiro.
Quando se juntou ao grupo extremista, pareceu que tinha alma e corpo dado ao demo; deixou de ouvir a família e passou a justificar tudo.
Alguns comentadores afirmaram que a companhia do político o levou a alma e corpo deu ao demo, mostrando-se incapaz de recusar favores duvidosos.
Variações Sinónimos
Deu a alma ao diabo
Vendendo a alma ao diabo
Deu a alma ao demónio
Vender a alma ao diabo
Entregou-se por inteiro (a algo ou alguém de má influência)
Relacionados
Vender a alma ao diabo (expressão equivalente)
Quem com porcos se mistura, farelo come (associar‑se a más companhias traz consequências)
Quem tudo quer, tudo perde (isenção sobre perder princípios em busca de algo)
Contrapontos
Manter a integridade e recusar compromissos imorais
Agir com prudência e independência de influência corruptora
Conhecer limites e não sacrificar valores por ganho imediato